Notícia
Montepio recusou dar dados para avaliação pedida pela Santa Casa
Segundo o jornal Público, o Haitong, banco contratado pela Santa Casa para avaliar a entrada na Caixa Económica Montepio Geral, pediu informação adicional. A Associação Mutualista, dona do banco, recusou.
A Associação Mutualista Montepio Geral não disponibilizou parte da informação pedida pelo Haitong Bank para uma análise aprofundada à Caixa Económica Montepio Geral.
A notícia faz capa esta quarta-feira, 17 de Janeiro, no jornal Público. A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) tinha mandatado o Haitong para esse pedido de dados adicionais junto da associação dona do banco Montepio, fazendo depois a análise de futuros riscos no negócio.
É citada uma reunião realizada a 21 de Dezembro na SCML, onde estiveram também presentes o gabinete de advogados desta instituição e representantes da Associação Mutualista.
A Associação Mutualista Montepio Geral, liderada por Tomás Correia, terá informado que não podia divulgar esses dados porque as contas de 2017 do seu banco ainda não estavam fechadas e porque a actual gestão de Félix Morgado está de saída.
Além disso, a dona do Montepio Geral considerava que a compra de uma posição minoritária, até 10%, não exige uma análise prévio aos riscos do negócio.
O provedor da SCML já veio confirmar que o investimento será entre 150 e 200 milhões de euros, não excedendo os 10% de capital. Para decidir se avança mesmo no negócio, a instituição encomendou também uma auditoria à Baker Tilly, de modo a perceber o impacto desta decisão nas suas contas.
Na mesma notícia, o Público recorda que Nuno Mota Pinto vai substituir Félix Morgado na liderança do banco e aponta Francisco Fonseca da Silva como "chairman".