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CDS convoca governador para falar de Montepio

“Há muitos aspectos por clarificar” sobre o eventual investimento da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa no Montepio, segundo Filipe Anacoreta Correia. Por isso, CDS chama Carlos Costa ao Parlamento.

Sara Matos/Negócios
Diogo Cavaleiro diogocavaleiro@negocios.pt 17 de Janeiro de 2018 às 12:48

O CDS-PP não está satisfeito com as audições parlamentares que já decorreram em torno do Montepio e quer chamar o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa.

 

"Há muitos aspectos por clarificar", afirmou Filipe Anacoreta Correia, deputado centrista, em declarações aos jornalistas após a audição de José Vieira da Silva sobre o assunto.

 

Vieira da Silva já falou duas vezes no Parlamento em relação ao eventual investimento da Santa Casa no Montepio, sendo que Edmundo Martinho, provedor da misericórdia, também já respondeu aos deputados sobre o tema.

 

Para o CDS, o Banco de Portugal tem esclarecimentos a dar pelo seu "envolvimento". O supervisor tem insistido na separação entre a Caixa Económica Montepio Geral e a sua accionista, Montepio Geral – Associação Mutualista, para evitar uma percepção de risco comum. Além disso, é favorável à abertura de capital da instituição financeira, o que abriu a porta à entrada da Santa Casa. 

 

Além do requerimento entregue relativo ao governador, que terá de ser discutido com os restantes partidos, Anacoreta Correia admitiu chamar mais personalidades. Questionado sobre porque não são convocados os responsáveis da mutualista e da caixa económica, o deputado centrista afirmou que "o CDS não exclui nenhuma possibilidade".

 

O CDS, que através de Pedro Mota Soares teve a tutela da Santa Casa e da mutualista enquanto ministro da Segurança Social no Governo entre 2011 e 2015, assume mesmo que poderá vir a propor uma "comissão de acompanhamento sobre este assunto".

 

O ministro foi chamado ao Parlamento para esclarecer os "contornos" do negocio através do qual a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa admite investir até 200 milhões de euros para ficar com um máximo de 10% do capital da Caixa Económica Montepio Geral. Foi a segunda vez que Vieira da Silva foi convocado para explicar aos deputados. Na audição, o governante, que repetiu que não "empurrou" ninguém para que o negócio se efectivasse, defendeu que a separação abrupta entre a caixa e a mutualista pode ter riscos, se quiser apagar a "associação histórica" entre ambas. Mais uma vez, foi prometido para breve uma nova supervisão das mutualidades. 

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