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Montepio pede estatuto de empresa em restruturação para aumentar rescisões
O Público avança que o Montepio pediu o estatuto de empresa em reestruturação. O objectivo é duplicar as rescisões amigáveis. Na semana passada, fonte oficial disse ao Negócios que “o ambiente social na CEMG é muito positivo e motivador”.
A Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) pediu o estatuto da empresa em reestruturação, segundo avança o jornal Público. O pedido terá sido feito por Félix Morgado, presidente da instituição, e o objectivo desta medida será duplicar as rescisões amigáveis – de 80 para 160 – ainda este ano.
Este pedido chegou ao Ministério da Economia, através do IAPMEI, em Outubro e não terá sido articulado com a Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), o único accionista, segundo o Público.
A mesma fonte escreve que o ministério liderado por Caldeira Cabral confirmou a entrada deste pedido, sendo que o mesmo estará a ser analisado. Depois este pedido será enviado ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, a quem caberá a decisão final. Coube ao escritório de advogados CMS Pena & Arnault preparar este dossier para enviar ao Executivo.
A falta de articulação entre a caixa económica e o accionista estará a criar algum "ruído dentro do grupo Montepio e levou Félix Morgado a prestar esclarecimentos à assembleia geral do banco que se realizou esta terça-feira", acrescenta o Público.
Esta notícia surge depois de, na semana passada e na sequência da apresentação de resultados, fonte oficial do Montepio ter dito ao Negócios que "o ambiente social na CEMG é muito positivo e motivador" quando questionado se a situação dos trabalhadores e balcões estava estabilizada depois de terem sido promovidas rescisões na primeira metade do ano.
Montepio altera estatutos e abre a porta a novos accionistas
Na notícia do Público, é referido que a assembleia-geral desta terça-feira da caixa económica foi suspensa, sendo retomada, de acordo com o Público, a 13 de Dezembro. O Negócios já perguntou qual o resultado da reunião de ontem mas não obteve respostas nem junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários nem junto da caixa económica.
Nesta assembleia, estava em cima da mesa a transformação em sociedade anónima, o que significa que o capital da caixa presidida por José Félix Morgado passará a ser representado por acções e, por isso, a sua minoria poderá mudar de mãos.