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Montepio dispara 99% na sessão mais movimentada de sempre

As unidades do Montepio fecharam a valer 99 cêntimos. Na sessão, não chegaram a 1 euro, o preço que a mutualista vai pagar por cada título na OPA. O volume nunca tinha sido tão elevado.

Pedro Elias
05 de Julho de 2017 às 16:54
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Foi a sessão mais movimentada de sempre. Desde que estão em bolsa, nunca tantas unidades tinham trocado de mãos. Mesmo assim, a cotação do Montepio não fechou no valor oferecido pelos mutualistas.

 

As unidades de participação do fundo da caixa económica liderado por José Félix Morgado (na foto) dispararam 99,2% para encerrarem o dia nos 99 cêntimos. Foi a cotação mais elevada da sessão, em que a valorização mais tímida foi de 83%. O preço ficou, ainda assim, abaixo da fasquia de 1 euro. 

 

A evolução foi uma consequência directa do anúncio preliminar divulgado esta terça-feira: a Montepio Geral – Associação Mutualista vai lançar uma oferta pública de aquisição sobre os 26,5% de unidades de participação que não detém. No processo, a associação pode ter de gastar 106 milhões de euros, caso todos os titulares de unidades alienem as suas posições.

 

O prémio pago pela associação presidida por António Tomás Correia é mais do dobro da cotação de fecho das unidades na última sessão: 0,497 euros. Daí que esta quarta-feira o preço tendeu a aproximar-se daquilo que será pago na oferta.

 


Mesmo assim, as transacções têm decorrido a um preço ligeiramente mais baixo do que o pago. De qualquer forma, o volume foi bastante superior ao habitual. Foram transaccionadas perto de 3,7 milhões de unidades de participação. Poucas foram as sessões em que houve mais de 500 mil unidades a serem transaccionadas numa sessão.

 

O fundo de participação do Montepio está cotado desde o final de 2013. A primeira sessão bolsista foi a única em que estes títulos superaram a barreira de 1 euro. Desde aí, a tendência tem sido maioritariamente de queda.

 

Com a OPA, a mutualista poderá avançar para a retirada de bolsa do fundo de participação – é essa, aliás, a sua intenção. Assim, quem não vender passará a ficar com títulos de uma sociedade com o capital fechado, ou seja, com reduzida liquidez para desfazer a sua participação.

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