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Monte Paschi aprova aumento de capital de 5.000 milhões

A administração do banco deu luz verde a um plano de recapitalização e à venda de 10 mil milhões em activos problemáticos, aprovada pelo BCE horas antes de serem conhecidos os resultados dos testes de stress à banca europeia.

29 de Julho de 2016 às 20:13
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O banco italiano Banca Monte dei Paschi di Siena aprovou esta sexta-feira um aumento de capital de 5.000 milhões de euros e a venda de uma fatia relevante do seu crédito malparado, avança a Reuters citando fontes próximas do processo.


A aprovação do plano pela administração foi avançada horas antes da divulgação dos testes de stress da Autoridade Bancária Europeia (EBA) em que o Monte dei Paschi é um dos visados e vinha sendo apontado nas últimas semanas como uma das maiores preocupações.


O plano foi desenhado pelo JP Morgan e pelo italiano Mediobanca e segue-se à rejeição, pelo Monte dei Paschi, de uma proposta de recapitalização feita pelo banco suíço UBS.

Segundo a Reuters, o Banco Central Europeu já aprovou o reforço de capital do terceiro maior banco italiano, sendo o plano conhecido ao final desta sexta-feira. Esta será a terceira vez em dois anos que o banco recorre a um aumento de capital desde 2014. O processo deverá iniciar-se até ao final do ano ou, o mais tardar, no início de 2017.

Uma fonte não identificada citada pela agência noticiosa refere que o Santander, o Goldman Sachs, o Citi, o Credit Suisse, o Deutsche Bank, o Bank of America, além do JP Morgan e do Mediobanca (organizadores do aumento de capital) terão dado um acordo preliminar para entrar no aumento de capital.

Além do reforço de capital, o plano inclui a venda de pelo menos 10 mil milhões de euros em créditos problemáticos. O banco italiano anunciou ainda esta sexta-feira ao final do dia que desde o início de 2016 já se desfez de 1.500 milhões de euros deste malparado e que fechou o primeiro semestre com lucros de 302 milhões de euros e um lucro operacional de 1,06 mil milhões de euros. 

Resultados que saíram melhor do que o esperado pelos analistas sondados pela Bloomberg, que antecipavam perdas 54 milhões de euros e que foram positivamente impactados por efeitos extraordinários no valor de 134 milhões de euros oriundos de benefícios fiscais.


O banco italiano encerrou a sessão desta sexta-feira a disparar 6,28% para os 0,30 euros, depois de desde o início do ano ter visto o seu valor em bolsa ser encurtado em cerca de 80%.

(Notícia actualizada às 20:57 com mais informação)

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