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Monte dei Paschi precisa de 5 mil milhões

O Financial Times avança que o banco italiano Monte dei Paschi precisa garantir 5 mil milhões de euros para se recapitalizar e cumprir os rácios exigidos pelo BCE.

O Monte dei Paschi, o banco mais antigo do mundo, também tem sentido a pressão devido à exposição a activos de risco. O banco procura novos investidores e parceiros para vender carteiras de crédito de menor qualidade de forma a aliviar o fardo que estes representam para o seu balanço. As acções descem 52,68% em 2016.
Bloomberg
26 de Julho de 2016 às 16:21
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Afinal o valor da recapitalização que o Monte dei Paschi di Siena necessita poderá ascender a 5 mil milhões de euros. Segundo adianta esta terça-feira, 26 de Julho, o Financial Times, citando banqueiros e responsáveis europeus não identificados, o banco transalpino precisará garantir uma recapitalização em mercado de 5 mil milhões de euros, um valor que supera o que estava a ser veiculado pela imprensa e que apontava para cerca de 3 mil milhões.

 

Aquele que é o terceiro maior banco italiano em activos e a instituição financeira mais antiga do mundo ainda a operar, já perdeu 75% do seu valor em bolsa somente em 2016. O Monte dei Paschi destaca-se entre a problemática banca italiana enquanto o banco com maior necessidade de recapitalização, em especial devido ao elevado volume de crédito malparado da instituição.

 

Quando se espera pelos resultados dos testes de stress levados a cabo pelo Banco Central Europeu (BCE), que serão conhecidos na próxima sexta-feira, o Governo italiano está empenhado em encontrar uma solução para o banco que assente no sector privado, evitando ajudas públicas que colidem com as regras decorrentes da união bancária.

 

Esta segunda-feira a agência Reuters noticiava que as autoridades italianas estariam a tentar que os fundos de pensões do sector público italiano contribuíssem para o fundo Atlante – veículo constituído para a recapitalização da banca italiana através da compra do crédito malparado. As regras europeias prevêem que os primeiros a ser penalizados sejam os investidores e só depois os contribuintes. No entanto, o Executivo chefiado por Matteo Renzi mantém como alternativa a hipótese de ser o fundo Atlante a providenciar a necessária recapitalização do Monte dei Paschi di Siena.

 

Para assegurar maior robustez ao sistema financeiro do país, a imprensa italiana tem noticiado a intenção governamental de injectar cerca de 40 mil milhões de euros nos bancos com maiores necessidades de recapitalização. Poucas semanas após personalidades como o ministro italiano das Finanças, Pier Carlo Padoan, ou a chanceler germânica, Angela Merkel, terem demonstrado convicção numa solução para o problema dos bancos transalpinos, aproxima-se finalmente a hora das decisões. A Reuters referia ontem que o BCE poderá pronunciar-se já esta sexta-feira sobre o plano de recapitalização do Monte dei Paschi enviado pelo governo transalpino para as instâncias europeias. 

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