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Monte dei Paschi deverá recusar proposta de resgate do UBS

O banco italiano não deverá aceitar a proposta apresentada pelo UBS e pelo antigo ministro italiano Corrado Passera, que inclui um aumento de capital de 3 mil milhões de euros.

O Monte dei Paschi, o banco mais antigo do mundo, também tem sentido a pressão devido à exposição a activos de risco. O banco procura novos investidores e parceiros para vender carteiras de crédito de menor qualidade de forma a aliviar o fardo que estes representam para o seu balanço. As acções descem 52,68% em 2016.
Bloomberg
29 de Julho de 2016 às 12:30
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A administração do banco italiano Monte dei Paschi deverá rejeitar o plano alternativo de resgate apresentado pelo UBS e pelo antigo ministro italiano do desenvolvimento económico, Corrado Passera, avança a Reuters.

Segundo o Il Sole 24 Ore, a instituição recebeu uma proposta do banco suíço que inclui um aumento de capital de 3,3 mil milhões de euros e a conversão parcial de dívida subordinada.

"A discussão ainda está em curso, mas a administração deverá rejeitar a proposta", refere uma fonte citada pela agência noticiosa.

A Reuters adianta ainda que o conselho de administração do Monte dei Paschi está reunido esta sexta-feira para aprovar os resultados do primeiro semestre deste ano e o seu próprio plano de resgate que prevê uma emissão de acções no valor de 5 mil milhões de euros e a venda de 10 mil milhões de euros de crédito malparado.

A notícia é avançada no dia em que serão conhecidos os resultados dos testes de stress da Autoridade Bancária Europeia (EBA), que deverão expor as fragilidades da instituição italiana, que já perdeu 75% do seu valor em bolsa desde o início do ano.

 

Segundo a Bloomberg, os analistas esperam que o Monte dei Paschi revele os níveis de capital mais fracos, expondo a sua situação "de risco", como coloca o Il Sole, citando indicações preliminares sobre a análise à solidez dos bancos.

 

A instituição, que é a terceira maior do país, em termos de activos, tem estado no centro das preocupações devido ao elevado montante de crédito malparado, que ascende a 24,2 mil milhões de euros. Recentemente, o Banco Central Europeu recomendou ao banco que reduzisse este valor para 14 mil milhões de euros em três anos. O problema, no entanto, não é exclusivo do Monte dei Paschi, já que o malparado italiano ronda os 250 mil milhões de euros.

 

Esta semana, o FT avançava que o valor da recapitalização que o Monte dei Paschi di Siena necessita poderá ascender a 5 mil milhões de euros, um valor que supera o que estava a ser veiculado pela imprensa e que apontava para cerca de 3 mil milhões.

As acções do Monte dei Paschi valorizam 6,9% para 31 cêntimos depois de terem chegado a valorizar um máximo de 11,9%.

 

 

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