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Montei dei Paschi recebe proposta de resgate do UBS
As acções do banco italiano chegaram a disparar um máximo de quase 12% depois de ter sido noticiada a proposta do UBS e e de Corrado Passera, que inclui um aumento de capital de 3 mil milhões de euros.
O Monte dei Paschi recebeu uma proposta do UBS e de Corrado Passera, antigo ministro italiano do desenvolvimento económico, que inclui um aumento de capital de 3,3 mil milhões de euros e a conversão parcial de dívida subordinada, adianta o Il Sole 24 Ore, citado pela Bloomberg.
A notícia é avançada no dia em que serão conhecidos os resultados dos testes de stress da Autoridade Bancária Europeia (EBA), que deverão expor as fragilidades da instituição italiana, que já perdeu 75% do seu valor em bolsa desde o início do ano.
Segundo a Bloomberg, os analistas esperam que o Monte dei Paschi revele os níveis de capital mais fracos, expondo a sua situação "de risco", como coloca o Il Sole, citando indicações preliminares sobre a análise à solidez dos bancos.
O Monte dei Paschi está a analisar os detalhes da proposta e irá brevemente actualizar os investidores, de acordo com um comunicado da instituição, referido pela agência noticiosa.
A instituição, que é a terceira maior do país, em termos de activos, tem estado no centro das preocupações devido ao elevado montante de crédito malparado, que ascende a 24,2 mil milhões de euros. Recentemente, o Banco Central Europeu recomendou ao banco que reduzisse este valor para 14 mil milhões de euros em três anos. O problema, no entanto, não é exclusivo do Monte dei Paschi, já que o malparado italiano ronda os 250 mil milhões de euros.
Esta semana, o FT avançava que o valor da recapitalização que o Monte dei Paschi di Siena necessita poderá ascender a 5 mil milhões de euros, um valor que supera o que estava a ser veiculado pela imprensa e que apontava para cerca de 3 mil milhões.
Depois de ter ponderado a injecção de fundos públicos no sector da banca – uma solução que encontra oposição em Bruxelas – o Governo italiano tem estado a trabalhar numa solução centrada no sector privado para resgatar o Monte dei Paschi.
As acções da instituição italiana sobem 6,93% para 31,01 cêntimos, depois de ter chegado a valorizar um máximo de 11,90%.