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Ministra diz que accionistas do BES também perdiam com recapitalização pública

Quem detinha acções e obrigações subordinadas do BES iria sair a perder, fosse com uma resolução - como aconteceu - fosse com uma recapitalização directa pública.

Bruno Simão/Negócios
19 de Novembro de 2014 às 16:38
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Na intervenção inicial da sua audição na comissão parlamentar de inquérito, a ministra de Estado e das Finanças quis esclarecer aquilo a que chama um "equívoco" sobre as consequências da medida de resolução aplicada ao Banco Espírito Santo.

 

"Quer com resolução, quer com a recapitalização pública, todos os accionistas e os credores subordinados sofreriam as mesmas perdas", disse Maria Luís Albuquerque, na audição da comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e GES.  

A resolução foi a solução encontrada para o banco, com a divisão em Novo Banco e um veículo que ficou com os activos e passivos problemáticos (do qual ficaram accionistas os antigos accionistas do BES e credores subordinados os antigos credores subordinados do BES). 

 

Já a recapitalização com dinheiros públicos, diz a ministra, também iria implicar perdas para quem detinha acções e obrigações subordinadas do BES. Numa recapitalização pública, os accionistas sofrem perda total mas os contribuintes é que assumiriam "inteiramente todos os riscos da actividade".  

 

"Qualquer intervenção teria de fazer 'burden sharing'", ou seja, partilha de encargos, concluiu a ministra. Isto porque, diz a ministra, qualquer ajuda pública, neste momento, só pode acontecer depois de serem imputadas perdas aos accionistas e credores subordinados. "Não poderia haver injecção de dinheiros públicos com accionistas privados".

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