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Maria Luís Albuquerque sobre as irregularidades no BES: "Tem de haver punições severas"
A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, acredita que toda a situação em torno do caso Banco Espírito Santo obriga a que haja investigações judiciais que terminem em "punições severas".
A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, acredita que toda a situação em torno do caso Banco Espírito Santo obriga a que haja investigações judiciais que terminem em "punições severas".
"Tem de haver punições severas, contra-ordenações em matéria que é competência dos reguladores, uma investigação judicial que seguirá os seus termos", indicou a ministra numa entrevista na SIC esta segunda-feira, 4 de Agosto, um dia depois de o BES ter sido dividido em duas instituições para acautelar o risco decorrente do prejuízo do banco, grande parte do qual causado por operações feitas pela gestão de Ricardo Salgado à revelia das ordens dadas pelo Banco de Portugal.
Para a ministra das Finanças, é importante que sejam "apuradas responsabilidades" e que seja "feita justiça, na forma que deva assumir".
Maria Luís Albuquerque considerou, na entrevista à SIC, que houve "um conjunto de factos deliberadamente ocultados e instruções deliberadamente desobedecidas", possivelmente constituindo "matéria de ilícito".
O Banco de Portugal disse no domingo, quando anunciou a solução para o banco, que foram praticados "actos de extrema gravidade" por parte da administração de Ricardo Salgado no BES, "prejudiciais para os interesses" do banco. Algumas dessas operações corresponderam a "um claro incumprimento das determinações do Banco de Portugal, que proibiam aumentos da exposição do Banco Espírito Santo, S.A. ao ramo não financeiro do GES". O regulador identificou um esquema de Ponzi, em que as entradas de dinheiro novas serviam para pagar juros e dívidas anteriores.
Neste momento, está a decorrer uma auditoria forense para tentar apurar responsabilidades individuais na instituição financeira "Caso se confirme a prática de ilícitos, serão extraídas as necessárias consequências em matéria contra-ordenacional e criminal", disse já Carlos Costa. Ricardo Salgado só vai prestar declarações depois de tal auditoria estar concluída.
(Notícia actualizada às 21h08 com mais informações)