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Lucros do Itaú Unibanco sobem 15,4% em 2015

O Itaú Unibanco, maior banco brasileiro, lucrou 23,36 mil milhões de reais (5,36 mil milhões de euros) em 2015, mais 15,4%. A margem financeira foi uma das alavancas dos resultados do antigo parceiro do BPI e da CGD.

Patricia Monteiro/Bloomberg
02 de Fevereiro de 2016 às 16:54
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O Itaú Unibanco, maior grupo financeiro do Brasil em capitalização bolsista, aumentou os seus lucros em 15,4% no ano passado, para um total de 23,26 mil milhões de reais (5,36 mil milhões de euros ao câmbio actual). Este crescimento reflectiu, em grande parte, o aumento dos principais proveitos bancários.

 

No último exercício, a margem financeira do grupo que resultou da fusão entre o Itaú - antigo parceiro do Banco BPI - e do Unibanco, que tinha uma parceria com a Caixa Geral de Depósitos, aumentou 20,7%, totalizando 66,56 mil milhões de reais, de acordo com os dados divulgados pelo jornal brasileiro Valor Económico.

 

Em termos de negócio, o balanço anual também é positivo. A carteira de crédito, incluindo garantias, ascendeu a 548 mil milhões de reais, um crescimento de 4,2% face a 2014. No entanto, o crédito vencido a mais de 90 dias aumentou, passando de 3,4% no final de 2014 para 3,5% a 31 de Dezembro.

 

Quarto trimestre com pior desempenho


Apesar de, em termos anuais, o Itaú Unibanco ter apresentado um desempenho positivo, o último trimestre de 2015 evidenciou uma evolução pior do que a do conjunto dos 12 meses do ano passado.

 

Entre o início de Outubro e o final de Dezembro, os lucros cresceram 3,2% em termos homólogos, para 5,7 mil milhões de reais. Por seu turno, o malparado a mais de 90 dias, que em Setembro era de 3,4% deteriorou-se no último trimestre, passando para 3,5% no final do ano.

 

Também a rentabilidade dos capitais próprios (ROE) foi mais baixa no quarto trimestre do ano do que no conjunto de 2015. Nos últimos três meses do exercício o ROE foi de 22,3%, enquanto durante todo o ano o nível de rentabilidade foi de 23,9%.

 

Ligações a Portugal acabaram em 2012

 

O Itaú Unibanco resultou da fusão de dois dos maiores bancos brasileiros que chegaram a ter ligações a dois dos maiores grupos financeiros portugueses.

 

O Itaú foi o primeiro parceiro estratégico internacional do BPI, tendo vendido a sua posição ao La Caixa em Abril de 2012, para concentrar a sua operação no Brasil. Foi precisamente para não ficar com mais de 50% do banco de Fernando Ulrich que o La Caixa acabou por vender quase 10% do BPI a Isabel dos Santos, que assim elevou a sua participação a 18,6%, passando a ter direito de veto nas principais decisões tomadas na instituição.

 

Já o Unibanco foi parceiro da CGD, depois de ter adquirido o Bandeirantes, banco que a Caixa chegou a controlar no Brasil. Na sequência do acordo de venda, o banco do Estado ficou como segundo maior accionista do grupo brasileiro, posição que acabou por vender em 2005 numa operação que gerou um ganho de 145 milhões de euros para a instituição.

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