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Lucros do Lloyds mais do que duplicam para 2,9 mil milhões de euros
A redução de custos e provisões permitiu ao banco britânico mais do que duplicar lucros no ano passado, e aumentar o dividendo em 13%. As acções disparam 4%.
O britânico Lloyds fechou o ano de 2016 com lucros de 2,5 mil milhões de libras (cerca de 2,94 mil milhões de euros), o que representa uma escalada de 163% face aos 955 milhões de libras registados no ano anterior.
A impulsionar os resultados da instituição liderada por António Horta Osório esteve a redução dos custos operacionais e a queda acentuada das provisões para a compensação de clientes pela compra inadequada de seguros de protecção de pagamentos que, em 2015, ascenderam a 4 mil milhões de libras.
"Apresentámos um desempenho financeiro forte em 2016, à medida que continuamos a fazer bons progressos ao encontro das nossas prioridades estratégicas", refere o CEO da instituição, em comunicado.
Horta Osório acrescenta que "como um banco simples, de baixo risco, focado no Reino Unido, estamos comprometidos e bem posicionados para ajudar o Reino Unido a prosperar e para nos tornarmos o melhor banco para clientes e accionistas".
No comunicado de apresentação de resultados, o banco britânico informa que vai propor o pagamento de um dividendo ordinário de 2,55 pence por acção – um aumento de 13% face a 2015 – mais um dividendo extraordinário de 0,5 pence.
Estes resultados são alcançados numa altura em que o Estado britânico já tem menos de 5% do capital do banco. Há menos de um mês, o Tesouro britânico anunciou que já havia recuperado 18.500 milhões de libras das 20.300 milhões de libras injectadas pelo Estado na instituição na sequência da crise económica e financeira internacional.
O erário público do Reino Unido ficou com 43,4% do capital do Lloyds em 2009. A venda das participações estatais começou em Setembro de 2013.
As acções do Lloyds sobem 3,97% para 69,42 pence.