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Isabel Almeida: Venezuela tirou depósitos do BES no pico da crise

O Estado da Venezuela, que através do fundo soberano do país e da Petróleos da Venezuela, aplicou 800 milhões em dívida do GES, tinha depósitos "muito significativos no BES". A retirada destes depósitos aconteceram em Julho, no pico da crise do banco, revelou Isabel Almeida. Em Junho e Julho, o BES perdeu 10 mil milhões de euros em depósitos.

Bruno simão
13 de Janeiro de 2015 às 13:13
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Os clientes da Venezuela "tinham depósitos no BES e papel comercial do GES", revelou Isabel Almeida no inquérito parlamentar ao banco. Em causa estavam aplicações realizadas pelo estado venezuelano através do fundo soberano do país e da Petróleos da Venezuela (PdV), empresa petrolífera pública.

 

"Em Julho e Agosto, reduziram significativamente os depósitos no BES. Continuaram a ser depósitos significativos, mas inferiores", adiantou a directora financeira do banco.

 

Recorde-se que foi em Julho que o BES enfrentou as maiores pressões de liquidez, uma vez que entre Junho e o final de Julho saíram do banco cerca de 10 mil milhões de euros de depósitos. Ao ponto de, como já referiu Isabel Almeida, na terceira semana de Julho, o BES ter sido obrigado a recorrer à linha de liquidez de emergência do Banco de Portugal.

 

Além da Venezuela, "havia mais investidores institucionais" com aplicações em dívida do GES. "Não com a mesma dimensão da PT ou dos clientes venezuelanos", alertou, revelando que "era o dr. Ricardo [Salgado] que negociava estes investimentos".

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