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Investigação a Salgado e ao grupo Espírito Santo mais um ano e oito meses em segredo de justiça

O juiz Carlos Alexandre decidiu, segundo a SIC Notícias, prolongar por mais um ano e oito meses a manutenção da investigação ao grupo Espírito Santo em segredo de justiça, até Setembro de 2018.

Miguel Baltazar/Negócios
03 de Fevereiro de 2017 às 16:38
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O juiz Carlos Alexandre decidiu prolongar por mais um ano e oito meses a manutenção da investigação ao grupo Espírito Santo em segredo de justiça, até Setembro de 2018.

A notícia está a ser avançada esta sexta-feira, 3 de Fevereiro, pela SIC Notícias.

O magistrado terá alegado a especial complexidade do caso para esta prorrogação. Por outro lado, a equipa de investigação conjunta, que é coordenada pelo Eurojus e em que colabora a justiça da Suíça e do Luxemburgo, defende ser necessário mais tempo para a investigação, refere aquele canal de televisão.

Ricardo Salgado foi constituído arguido no caso "Universo Espírito Santo" em 24 de Julho de 2015, um ano depois de o ex-presidente do Banco Espírito Santo ter sido considerado arguido num outro processo judicial, o Monte Branco.

Na altura, as investigações recaíam sobre crimes como os de "falsificação, falsificação informática, burla qualificada, abuso de confiança, fraude fiscal, corrupção no sector privado e branqueamento de capitais", informou na altura a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em causa estão, entre outros, suspeitas de falsificação de contas em empresas do Grupo Espírito Santo e as suas consequências em clientes do BES (caso do papel comercial emitido pelo grupo).

Em 28 de Setembro do ano passado, a PGR dava conta que no âmbito deste processo, conduzido por sete magistrados, estavam em curso no Departamento Central de Investigação e Acção Penal "sete inquéritos autónomos e 220 inquéritos", inquéritos esses que diziam respeito "a queixas apresentadas por pessoas que se consideram lesadas pela atividade desenvolvida pelo BES e pelo GES". 

Até esse momento tinham sido constituídos onze arguidos (nove pessoas singulares e duas colectivas).

A primeira vez que a PGR se pronunciou oficialmente sobre o caso foi em Julho de 2014, semanas antes da medida de resolução aplicada ao Banco Espírito Santo, dizendo que acompanhava a situação e reunia "desde a primeira hora, todos os elementos que têm vindo a público e analisado a eventual relevância penal dos mesmos".

Em Maio de 2015, depois de várias buscas, o Ministério Público decidiu pedir o arresto preventivo de bens imóveis e valores patrimoniais relacionados com o universo Espírito Santo. Esta sexta-feira, 3 de Fevereiro, o Jornal de Notícias avança que os imóveis arrestados a antigos administradores do Grupo Espírito Santo estão avaliados em 175 milhões de euros.

A 18 de Janeiro deste ano, Salgado viria a ser constituído arguido em mais um processo - a Operação Marquês, que envolve o primeiro-ministro José Sócrates e que tem ramificações para os negócios da ex-Portugal Telecom no Brasil. 

Na sequência, foi proibido de se ausentar para o estrangeiro sem prévia autorização e proibido de contactar com os restantes arguidos e com "algumas pessoas e entidades com ligações ao Grupo Espírito Santo".


(Notícia actualizada às 17:02 com mais informação)

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