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Investidores russos tomam 20% do banco angolano Atlântico
O Banco Privado Atlântico, instituição angolana com ligações à Sonangol e que está presente em Portugal, vai fundir-se com o Banco VTB África, de origem russa. O grupo oriundo da Rússia e o conglomerado industrial russo Rostec vão ficar com 20% da nova instituição, que será designada de Atlântico.
O grupo financeiro russo VTB e o conglomerado industrial russo Rostec vão tomar 20% do banco angolano Atlântico, na sequência da fusão desta instituição com o Banco VTB África, acordada esta quarta-feira, 26 de Fevereiro. O banco resultante desta integração, que deverá estar concluída até ao final do ano, vai apostar nos mercados africanos e manterá a denominação Atlântico.
A operação “vai potenciar a capacidade de o banco intervir em mercados estratégicos da África subsaariana, mantendo Angola como centro de decisão”, disse Carlos Silva, chairman do Atlântico e vice-presidente não executivo do BCP, em comunicado. O banqueiro acredita ainda que “a ligação do Atlântico à VTB Capital e à Rostec permite o desenvolvimento das relações económicas e financeiras com o mercado da Rússia, o país mais poderoso dos BRIC, e é uma grande oportunidade para a generalidade dos nossos clientes, tanto em Angola como em Portugal”.
De acordo com o comunicado das duas instituições financeiras, a primeira fusão no sistema financeiro angolano vai gerar “significativas sinergias”, que terão reflexo nos clientes dos dois bancos.
O Atlântico está presente em Portugal através do Banco Privado Atlântico Europa, instituição que, tal como a casa-mãe angolana, opera nas áreas de “corporate e private banking” e é liderada por Carlos Silva.
Já o Grupo VTB, controlado em 61% pelo governo da Federação Russa, integra cinco instituições financeiras, sendo um dos líderes do sistema financeiro russo.