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Haitong agrava prejuízos para 29 milhões no primeiro trimestre
O capital próprio do banco de investimento voltou a deteriorar-se após o arranque de 2017 em terreno negativo. O prejuízo de 28,8 milhões do Haitong Bank compara com os 21,8 milhões do primeiro trimestre do ano passado.
O Haitong Bank, antigo Banco Espírito Santo de Investimento, agravou os prejuízos nos primeiros três meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado, depois de ter fechado 2016 no vermelho.
Segundo o balanço depositado no Banco de Portugal, a instituição financeira registou um resultado líquido negativo de 28,8 milhões de euros entre Janeiro e Março deste ano. O valor compara com as perdas de 21,8 milhões de euros registadas no mesmo período do ano passado.
O banco fechou o primeiro trimestre com um activo de 2,27 mil milhões de euros, após imparidades, provisões e amortizações que ascenderam a 400 milhões de euros. Já o passivo fixou-se em 1,99 mil milhões.
Em resultado das duas rubricas, o banco atingiu capitais próprios de 272 milhões de euros no final de Março. Um número quase duas vezes abaixo dos 491 milhões de capitais próprios registado no mesmo mês de 2016.
O banco de investimento está a aguardar um aumento de capital de 419 milhões de euros, que motivou uma ênfase na auditoria às contas do Haitong do ano passado, período em que a instituição financeira marcou um resultado líquido negativo de 96 milhões de euros.
O Haitong Bank, detido pelo grupo chinês com o mesmo nome, tem estado em mudança, nomeadamente com a saída de vários administradores, entre os quais o líder do antigo BESI José Maria Ricciardi. Rafael Castel-Branco Valverde, Félix Cabanyes e Frederico Alegria deixaram de ser executivos no final do ano passado, após a saída de Ricciardi. O presidente executivo e da administração é Hiroki Miyazato (na foto).
Em simultâneo, o ex-BESI, que foi vendido pelo Novo Banco ao accionista sediado em Hong Kong, tem estado a alterar o foco do negócio, para tentar colmatar as perdas registadas.