Notícia
Ex-BESI recebe 160 milhões do accionista chinês
O Haitong Bank concluiu 62% do aumento de capital previsto, tendo já recebido uma capitalização de 220 milhões de euros do total de 419 milhões que está previsto. O dinheiro vem da China.
O ex-Banco Espírito Santo de Investimento voltou a ser capitalizado pelo seu accionista, os chineses do grupo Haitong. Desta vez, a injecção directa no banco presidido por Hiroki Miyazato (na foto) foi de 160 milhões de euros.
"O Haitong Bank informa que aumentou o seu capital social em 160 milhões de euros, mediante novas entradas em dinheiro integralmente realizadas", indica o comunicado enviado a 14 de Junho à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Este reforço foi "subscrito e realizado na totalidade pela accionista controladora do banco, a Haitong International Holdings Limited, sociedade constituída em Hong Kong, subsidiária da Haitong Securities".
Feita em acordo com o Banco de Portugal, a capitalização do Haitong Bank tem vindo a acontecer nos últimos tempos, sendo que a expectativa é de um aumento global de 419 milhões. Com o reforço de 160 milhões, já está completo 62% do plano, já que perfaz até aqui 220 milhões.
Em Maio, a injecção foi de 60 milhões, 40 milhões dos quais directamente em dinheiro fresco e os restantes 20 milhões através de uma conversão de um crédito. No plano, a intenção era 200 milhões em dinheiro fresco (que ficou agora concluído), a conversão de um empréstimo accionista de 139 milhões e a conversão em capital de um instrumento financeiro subordinado de 80 milhões de euros.
A expectativa da instituição, como assumido no relatório sobre a auditoria das demonstrações financeiras consolidadas do antigo BESI, publicado em Abril, era concretizar o aumento de capital até ao final do primeiro semestre, ou seja, fim de Junho, quando fossem recebidas as autorizações regulamentares obrigatórias.
No mesmo documento, o conselho fiscal do Haitong Bank – que passou pela saída de grande parte do conselho de administração nos últimos meses, incluindo o presidente José Maria Ricciardi – considerava que este aumento de capital serve para reforçar a solvabilidade do banco e, assim, garantir que a sua continuidade não é colocada em causa.
O antigo BESI teve prejuízos de 96 milhões em 2016, tendo apresentado perdas de 29 milhões no primeiro trimestre.