O banco Haitong (ex-BES Investimento) vai levar a cabo um programa de saída de trabalhadores através de rescisões por mútuo acordo, com o qual espera reduzir até 80 pessoas, disseram à Lusa fontes sindicais, esta segunda-feira, 27 de Fevereiro.

A informação da restruturação foi prestada aos sindicatos no final da semana passada e, de acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, Rui Riso, foi justificada com a alteração do modelo de negócio e está relacionada com uma redução de efectivos que o grupo Haitong está a fazer em todo o mundo.

Já o presidente do Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários, Paulo Marcos, disse à Lusa que esta redução vai afectar trabalhadores que estão fora de Portugal, nomeadamente no Reino Unido.

A Lusa contactou fonte oficial da instituição financeira, que tem cerca de 400 funcionários, aguardando uma resposta.

Na sexta-feira passada, em comunicado, o Haitong Bank, que é detido totalmente pela Haitong Securities depois da compra por 379 milhões ao Novo Banco, anunciou o plano de reestruturação global que se designa de "Haitong Bank 2025".

"A iniciativa visa adequar o posicionamento do banco de investimento às novas tendências do sector e às actuais contingências dos mercados financeiros internacionais. O banco chinês tem vindo a construir uma estratégia de gestão que aposta fortemente nos seus laços com a China, sendo este um dos elementos diferenciadores da sua oferta de serviços", indicava o comunicado enviado às redacções.

A reestruturação já não será assumida por José Maria Ricciardi, presidente do antigo BESI até Dezembro passado. Segundo foi reportado na imprensa, o relacionamento entre o presidente executivo e o accionista não era pacífico mas o banco declarou que Ricciardi saía para desempenhar "actividades profissionais de índole diferente das actuais". O novo presidente executivo é o presidente do conselho da administração, Hiroki Miyazato.