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Banco de Portugal quer que gestores da Haitong vão à escola

Alguns quadros superiores do banco, que incluem administradores chineses, vão submeter-se a cursos de formação, nomeadamente de boa governação, segundo adianta o Público desta quinta-feira, 20 de Abril.

Pedro Catarino
Negócios 20 de Abril de 2017 às 09:25
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A gestão do banco Haitong (ex-BESI) ficou a saber esta terça-feira, 18 de Abril, que o Banco de Portugal vê com bons olhos que vários dirigentes de topo frequentem programas "curriculares" que incluam, por exemplo, acções de formação profissional relacionadas com a estratégia bancária e a actividade financeira.


Em cima da mesa estão questões relacionadas com risco financeiro, regulação, código de conduta e respeito pelas regras e o controlo interno, adianta o Público


O jornal contactou o porta-voz do Haitong em Portugal, António Cunha Vaz, que começou por "negar que o BdP tenha pedido o que quer que fosse" à instituição  "em matéria de formação de quadros". E referiu "que o Haitong está a preparar a lista final dos órgãos sociais [para a entregar ao BdP] e, sendo assim, e tendo em conta que alguns gestores são provenientes de mercados com regulações distintas da europeia, decidiu que procederá à formação desses quadros para que possam exercer as suas funções" em Portugal. A mesma fonte salientou que o "Banco Haitong considera legítimo que o BdP, no exercício das suas funções de supervisão preventiva, exija a quem opere no mercado, que cumpra as regras em vigor." 


Entre os gestores de topo conta-se o presidente Hiroki Miyazato, os executivos Christian Minzolini, Mo Yiu Poo (o CFO), Alan Fernandes (com o pelouro do Brasil) e Paulo Martins. Na administração estão ainda Pan Guangtao, Lin Jong e Vicent Camerlynk. De saída está David Hobley.


Estas informações aparecem numa altura em que o investidor chinês Haitong, que comprou a instituição em 2014, está a contactar personalidades independentes para integrarem os órgãos sociais do banco. No mê passado foi noticiado que ao contrário do que o próprio tinha confirmado em Dezembro, Pedro Rebelo de Sousa não iria entrar para a administração do Haitong.


Também no processo de escolha da administração da Caixa foi colocada a questão da formação dos gestores.  

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