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Granadeiro lembra aos accionistas da PT: "Desta vez errei, mas em todas as outras cumpri"

Henrique Granadeiro quis deixar uma palavra de conforto aos accionistas lesados da PT mas também lembrou os colegas da administração a quem deixou uma "pesada herança".

Miguel Baltazar/Negócios
04 de Março de 2015 às 23:13
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Henrique Granadeiro acabou a audição de inquérito com palavras com destinatários específicos: os accionistas da PT, especialmente os poucos que estiveram contra a fusão com a Oi, mas também os colegas da administração que aí ficaram depois da sua saída.

 

"Agradeço a benevolência de vossa excelência e dos deputados para poder dirigir uma última palavra aos milhares de accionistas da PT que foram severamente lesados por uma opção estratégica que tinha tudo para correr bem e acabou mal, como efeito colateral da destruição do BES", comentou o gestor que esteve à frente da PT entre 2006 e 2014.

 

Henrique Granadeiro admite ter errado: "Nós quisemos voar alto, confesso, e o sol queimou-nos as asas". O responsável referia-se à aprovação do aumento de capital da Oi, que foi feito através da entrega dos activos da PT Portugal (Meo), em Março de 2014, indispensável para a combinação de negócios das operadoras.

 

Daí que Granadeiro tenha falado em accionistas especificamente: Luís Rosa, Ribeiro Novo, António Oliveira e ainda Francisco Gonçalves, comissão de trabalhadores, e Jorge Félix, dos sindicatos. "Fiquei impressionado com a tenacidade e a coragem de enfrentarem uma assembleia-geral hostil, toda ela favorável à operação".

 

"Hoje falo neles para evocar todos os outros que efectivamente foram prejudicados por esta operação que, como é óbvio, é da minha responsabilidade, embora não seja da minha culpa ou, pelo menos, totalmente da minha culpa". A combinação com a Oi acabou por dar menos força à PT devido ao investimento de 897 milhões de euros em dívida da Rioforte, que acabou por não ser devolvida.

 

"Desta vez errei mas, em todas as outras, cumpri", disse, lembrando a lenda de Egas Moniz que reconheceu, perante Afonso Henriques, ter "falhado uma das promessas com que se tinha comprometido.

 

Por fim, Henrique Granadeiro deixou uma "última palavra": "Para agradecer e dar conforto aos meus colegas do conselho de administração a quem deixei uma tão pesada herança".

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