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Governo, CMVM e Banco de Portugal abrem reunião a clientes do papel comercial

Na próxima segunda-feira, haverá um novo encontro entre os reguladores e o representante do Governo sobre os investidores em papel comercial. Mas há porta aberta à associação de lesados.

Miguel Baltazar/Negócios
08 de Março de 2016 às 14:15
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O Governo, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e o Banco de Portugal vão voltar a reunir-se na próxima segunda-feira, 14 de Março, para discutir o investimento em papel comercial de sociedades do Grupo Espírito Santo vendido a clientes do Banco Espírito Santo. Mas haverá um novo interlocutor nesse encontro.

 

A Associação de Enganados e Indignados do Papel Comercial, AIEPC, deverá participar na reunião da próxima segunda-feira, segundo indicou o comentador Luís Marques Mendes no domingo, na SIC, e conseguiu confirmar o Negócios, ainda que junto de fontes não oficiais.

 

Têm havido já encontros entre os reguladores e representantes do Governo (Diogo Lacerda Machado é o nome escolhido por António Costa para mediar estes encontros), que tentam criar o ponto de partida para que se consiga discutir uma eventual solução que permita reembolsar os cerca de 500 milhões de euros em papel comercial disperso por perto de 2.000 clientes do BES e suas subsidiárias.

 

Oficialmente, não tem havido respostas de nenhumas das partes sobre estas reuniões, o que voltou a ocorrer esta segunda-feira. Tal como o Negócios avançou a 26 de Fevereiro, a agenda previa a realização de mais encontros.

 

Como o Negócios já noticiou, a posição do Banco de Portugal é o de assegurar que a lei da resolução não é posta em causa na eventual solução que venha a seguir em frente. Já a CMVM considera que o Novo Banco tem de garantir o pagamento do papel comercial. Posições que sempre colocaram os reguladores em lados opostos.

 

Entretanto, o Observador também noticiou que representantes dos "lesados" do BES estiveram reunidos com o Partido Comunista Português no sentido de esclarecer que a intenção numa eventual solução que venha a ser trabalhada visa apenas ressarcir os investidores não qualificados e nunca os grandes investidores, como fundos.

 

Neste momento, ainda não há qualquer solução em cima da mesa, pelo menos publicamente. A intenção é que se decida, por exemplo, o campo de investidores a serem reembolsados e até que montante cada aplicação poderá ser paga. Só depois se poderá seguir para um mecanismo oficial de mediação e conciliação que vise o encontro dessa solução. 

 

Para já, de fora das negociações estão o Novo Banco e o BES. Eduardo Stock da Cunha já disse, no entanto, que está disponível para ajudar.

 

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