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Governador do Banco de Espanha arrepende-se de não ter nacionalizado o Banco Popular

O governador do Banco de Espanha admitiu terça-feira que, em retrospectiva, foi uma má decisão não ter nacionalizado o Banco Popular em 2012.

Bloomberg
11 de Abril de 2018 às 13:55
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Luis María Linde, que falava na comissão parlamentar que investiga a crise financeira, reconheceu ter sido um erro não resgatar o Banco Popular quando a sua situação era demasiado grave.

Linde assegurou que concedeu ao Popular toda a liquidez de emergência possível e responsabilizou o banco, então presidido por Emilio Saracho, pela sua "falência" por não ter apresentado mais garantias.

Se o Santander não tivesse comprado o banco, ter-se-ia verificado um "cenário catastrófico para a Espanha", com os depositantes a perderem o seu dinheiro e o Fundo de Garantia de Depósitos (FGD) a não conseguir responder a todas as perdas.

"Foi uma má decisão deixar o Popular sanear-se por si próprio. Apesar de ter feito um esforço, não foi suficiente, porque a sua situação era demasiado grave", acrescentou.

"Isso percebemos agora, na altura pensámos que teria capacidade para o fazer", disse.

A 6 de Junho de 2017, o Banco Central Europeu (BCE) decretou que o Banco Popular não era viável e determinou a sua resolução. O Santander acordou então comprar o Popular pelo preço simbólico de um euro. Para permitir a compra, o Conselho de Administração do Banco Santander fez um aumento de capital de sete mil milhões de euros, para garantir o capital e as provisões necessários para que o Banco Popular pudesse operar com normalidade.

Em finais do ano passado, o Santander Totta comprou o Banco Popular Portugal ao Santander.

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