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Estado já gastou quase 5.000 milhões de euros com BPN

Desde que foi nacionalizado, há quase dez anos, o BPN já custou quase 5.000 milhões ao Estado português. As contas constam do parecer do Tribunal de Contas sobre a Conta Geral do Estado de 2018.

Bruno Simão
20 de Dezembro de 2019 às 14:56
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O Banco Português de Negócios (BPN) já custou quase 5.000 milhões de euros ao Estado português desde que foi nacionalizado, há quase dez anos. Os números constam do parecer do Tribunal de Contas sobre a Conta Geral do Estado de 2018.

No documento, divulgado esta sexta-feira, 20 de dezembro, o tribunal refere que, no ano passado, "o saldo das receitas e despesas orçamentais decorrentes da nacionalização e reprivatização do Banco Português de Negócios e da constituição e funcionamento das sociedades-veículo Parups, Parvalorem e Parparticipadas ascendeu a -829 milhões de euros". Em 2017, este custo rondou os 437 milhões de euros. 

Com este aumento em 2018, o custo total com o banco (ou seja, desde 2011) alcança agora os 4.924 milhões de euros, adianta o Tribunal de Contas. 

E o custo do BPN não ficará pelo valor agora revelado. A Parvalorem, a Parups e a Parparticipadas, as três sociedades estatais que ficaram com os ativos tóxicos do banco, "apresentavam, no final de 2018, capitais próprios negativos que totalizavam 1.028 milhões de euros, encargos que poderão vir a ser suportados pelo Estado no futuro". 

O Tribunal de Contas soma os encargos já suportados e aqueles que poderá sentir e chega aos 5.952 milhões de euros, "a que irão acrescer os resultados negativos de exercícios seguintes". 

Há ainda garantias estatais a estas empresas, que eram, por exemplo, as donas da coleção Miró, que foi integrada na esfera do Estado, e de vários bancos do universo BPN. "As garantias prestadas pelo Estado às sociedades veículo do ex-BPN totalizavam 1.377 milhões (diminuíram 898 milhões por efeito dos reembolsos de empréstimos da CGD garantidos pelo Estado)", remata a entidade. 
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