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Dulce Mota assume liderança do Montepio com foco na transformação digital
Na sua primeira intervenção enquanto CEO do Montepio, Dulce Mota diz ter aceitado o desafio de liderar o banco para permitir que este "passe a ser um player que disponibilize aquilo que são as soluções que o mundo de hoje exige".
Dulce Mota quer colocar o banco que agora lidera no rumo da transformação digital. E permitir que a instituição financeira, um banco com mais de 170 anos, acompanhe esta mudança do setor financeiro nacional, que arrancou mais tarde em comparação com os restantes países devido à crise financeira.
"Aceitei o enorme desafio [de liderar o Montepio] para permitir que o banco acompanhe toda esta modernidade, de braço dado com as fintech", notou Dulce Mota na Conferência Ibérica sobre Fintech, organizada pela Sociedade Antas da Cunha ECIJA, esta quarta-feira, naquela que foi a primeira intervenção da responsável enquanto CEO do Montepio.
A presidente executiva do banco diz querer que a instituição financeira "passe a ser um player que, junto da sua base de clientes, ofereça e disponibilize aquilo que são as soluções que o mundo de hoje exige".
A CEO do Montepio recorda que a "banca mudou" e que os bancos portugueses deram início a esta mudança e aposta tecnológica mais tarde, uma vez que tiveram de lidar com uma crise financeira.
"A crise levou a banca a definir um conjunto de prioridades e a ter um foco que se desviou um pouco de tudo o que se passava no mundo", notou Dulce Mota, realçando que o setor nacional teve de "olhar para dentro e resolver os problemas", incluindo reduzir custos de forma significativa. Esforços que continuam ainda hoje.
Esta foi a primeira intervenção de Dulce Mota enquanto presidente executiva do Montepio. Isto depois de o banco ter informado o supervisor de que João Ermida vai ocupar um cargo de administrador não-executivo, anulando, assim, aquilo que foi feito para que assumisse o papel de "chairman" da instituição financeira. Esta função passou agora para Carlos Tavares.
Com esta passagem de Carlos Tavares a "chairman", Dulce Mota, até agora vice-presidente, passou assim naturalmente a CEO do banco detido pela Mutualista.