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Domingues zangado com Governo? "Não, por amor de Deus"
O presidente demissionário da Caixa Geral de Depósitos (CGD), António Domingues, rejeitou hoje que tenha renunciado à liderança do banco público "zangado" com o Governo.
"Não, por amor de Deus, porque é que haveria de sair zangado?", questionou António Domingues, em resposta às questões dos jornalistas sobre a sua demissão, à margem da entrega de prémios 'Exame: 1000 Melhores PME', em Lisboa.
O presidente demissionário do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da CGD recusou fazer mais comentários, referindo que hoje é dia de premiar as Pequenas e Médias Empresas (PME), num evento a decorrer na sede da CGD.
"O crédito às PME representa ainda e apenas pouco mais de 6% do crédito total da CGD, por isso, o plano estratégico da CGD tem um dos vetores e critérios de sucesso o aumento do apoio às PME", declarou.
O presidente da Impresa, Francisco Pinto Balsemão, alertou as empresas para aproveitarem a oportunidade. "É raro um banqueiro vir dizer que tem dinheiro à vossa disposição", afirmou.
António Domingues apresentou a demissão do cargo no final de novembro, mas a renúncia só produzirá efeitos no final do mês de dezembro, altura que será substituído por Paulo Macedo e por Rui Vilar na presidência executiva e não executiva ('chairman'), respetivamente.
A nomeação da administração liderada por António Domingues esteve envolta em polémica em torno da entrega das declarações de rendimentos, dos salários e sobre a eventualidade de ter tido informação privilegiada sobre a CGD quando participou, como convidado, em três reuniões com a Comissão Europeia para debater a recapitalização do banco.
(Notícia actualizada às 16:00)