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CGD: PSD lembra poderes diferentes da comissão de inquérito e acusa PS de "número político"

O PSD lembrou esta sexta-feira que uma comissão parlamentar de inquérito tem poderes "diferentes" das demais comissões, acusando o PS de fazer um "número político" em torno da ida ao parlamento de António Domingues e Mário Centeno.

Paulo Duarte
16 de Dezembro de 2016 às 18:22
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"Este PS funciona como um bloqueio à comissão de inquérito, boicota os trabalhos da comissão de inquérito" à Caixa Geral de Depósitos (CGD), disse à agência Lusa o vice-presidente da bancada do PSD, Hugo Soares.

 

Em causa está o chumbo, na quinta-feira, da ida do ainda presidente da Caixa, António Domingues, e do ministro das Finanças, Mário Centeno, à comissão de inquérito ao banco, com o PS a anunciar já hoje a chamada de ambos os responsáveis ao parlamento, mas à comissão permanente de Orçamento e Finanças.

 

Hugo Soares vincou: "O PS tem de explicar porque não quer que António Domingues e Mário Centeno não sejam ouvidos na comissão de inquérito, sabendo nós que os poderes da comissão de inquérito são diferentes" das demais. E o social-democrata, coordenador do partido na comissão de inquérito ao banco público, foi mais longe: "Mentir numa comissão de inquérito, por exemplo, é crime".

 

O porta-voz do PS, João Galamba, havia anunciado antes requerimentos socialistas para audições ao ministro das Finanças e ao presidente demissionário da Caixa na respectiva comissão parlamentar permanente, "para salvar o PSD das suas próprias contradições". "Para salvar o PSD das suas próprias contradições e do abandalhamento que querem imprimir à comissão de inquérito, apresentámos nós o requerimento", ironizou o deputado socialista.

 

João Galamba considerou "nulos" os "requerimentos do PSD para ouvir estas personalidades na comissão de inquérito", uma vez que violam "o objeto daquela comissão".

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