Notícia
Depois do efeito BES, Crédit Agricole regista a maior subida em bolsa em três meses
Depois de assumir perdas no valor de 708 milhões de euros devido ao resgate no Banco Espírito Santo, a cotação do Crédit Agricole atingiu os 6,56% na bolsa de Paris, o valor mais elevado desde o início de Maio.
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Depois da tempestade vem a bonança. O segundo maior accionista do Banco Espírito Santo (BES) assumiu esta terça-feira (5 de Agosto) as perdas decorrentes da sua exposição ao banco português.
O resultado foi uma quebra de 98% no lucro do banco francês Crédit Agricole no segundo trimestre para os 17 milhões de euros. Mas apesar das perdas de 708 milhões de euros devido à sua exposição ao BES, o mercado recebeu bem esta notícia.
O Crédit Agricole lidera os ganhos na bolsa de Paris com uma subida de 4,33% para os 10,73 euros. Durante a sessão, as acções já subiram uma máximo de 6,56%, a maior subida desde 7 de Maio. O índice das 40 maiores cotadas francesas, , CAC-40, segue a subir 0,77%.
Desde o início do ano que as acções do Crédit Agricole já valorizaram 16%, com o banco a valer agora um total de 27,8 mil milhões de euros.
Os 708 milhões de perdas dividiram-se por 502 milhões decorrentes dos prejuízos do BES no primeiro semestre do ano e 206 milhões para reduzir a zero o peso do BES no balanço do banco francês.
O Crédit Agricole era o segundo maior accionista do BES, com 14,6% do total do capital, superado somente pela Espírito Santo Financial Group (ESFG). A administração do BES contava com cinco executivos do banco gaulês.
O presidente-executivo do Crédit Agricole disse esta terça-feira sentir-se "enganado" pela família Espírito Santo e acusa a liderança de Ricardo Salgado de "más práticas que eram desconhecidas para nós e para quem estava fora da governação", disse Jean-Paul Chifflet.