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Credit Suisse quer rescindir com cinco mil trabalhadores

No âmbito do plano de reestruturação revelado esta quarta-feira, o banco suíço quer cortar empregos tanto no Reino Unido como na Suiça. Nos EUA, 2.000 postos deverão ser transferidos para o Wells Fargo.

Bloomberg
Negócios 21 de Outubro de 2015 às 16:44
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O Credit Suisse quer poupar custos nos próximos anos, no âmbito da nova estratégia anunciada esta quarta-feira, e um dos pontos será a redução de postos de trabalho. Nos Estados Unidos, Reino Unido e Suíça, serão mais de cinco mil os empregos afectados. A informação foi transmitida na conferência de imprensa que teve lugar para explicar o processo, ainda que não conste dos comunicados divulgados. 

 

Cerca de dois mil dos postos de trabalho a cortar vão ter lugar nos Estados Unidos. Não são directamente despedimentos, apenas rescisões: o Credit Suisse optou por fazer um acordo com o Wells Fargo abrindo a possibilidade de transição dos clientes e gestores de conta da área de fortunas em 2016.

 

Na Suíça, o número de postos de trabalho afectados é perto de 1.600, com as rescisões a terem lugar ao longo dos próximos três anos, disse o presidente executivo Tidjane Thiam (na foto durante a conferência de imprensa desta quarta-feira, ao lado do chairman do grupo Urs Rohner).

Em Londres, também haverá cortes: neste caso, até dois mil trabalhadores poderão ser afectados. O número representa, como diz o The Guardian, um terço da força de trabalho da área de investimento do grupo bancário, que quer focar a sua presença no private banking (área destinada a clientes com maior nível de riqueza). Aqui, poderá haver deslocalização dos postos de trabalho para outros países.

 

No âmbito da nova estratégia da instituição helvética, o foco na área de private banking levará a mudanças geográficas. Em Portugal, o banco está apenas na gestão de fortunas, precisamente aquela em que se quer centrar. Oficialmente, o banco não faz comentários.

 

Este processo insere-se no objectivo de conseguir alcançar poupanças na ordem dos 3,5 mil milhões de francos suíços (3,2 mil milhões de euros) até ao final de 2018, e faz parte do plano de reestruturação que dita uma nova estratégia de aposta na gestão de fortunas e em países da Ásia, Médio Oriente, Europa de Leste, América Latina e África.

 

Além disso, o Credit Suisse vai avançar com um aumento de capital, pedindo 6,05 mil milhões de francos suíços (5,59 mil milhões de euros), em duas operações distintas: uma para o mercado em geral, outra para investidores qualificados.

 

As acções do Credit Suisse caíram na sequência deste anúncio, divulgado num dia em que também foi revelado uma quebra dos lucros no terceiro trimestre. Os títulos perdem 3,54% para 24,08 francos.

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