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BES deverá elevar perdas do Crédit Agricole para mil milhões no segundo trimestre

Os títulos do grupo francês, que passa a ser accionista do BES SA, detentor dos activos tóxicos na sequência do plano de resgate do Banco de Portugal, valorizam hoje em Paris. Analista do Oddo Securities avança valor de mil milhões de euros de perdas trimestrais para o Crédit Agricole, metade do qual afecto ao BES.

04 de Agosto de 2014 às 15:15
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O banco francês Crédit Agricole, dono de 14,6% do (antigo) BES e seu segundo maior accionista a seguir à família Espírito Santo, pode vir a apresentar terça-feira, dia 5 de Agosto, perdas de mil milhões de euros no segundo trimestre, de acordo com o grupo Oddo Securities, citado esta segunda-feira pelo jornal Fígaro.

 

O montante, de acordo com a análise do grupo francês de gestão de capital e banca de investimento, deverá já incluir a depreciação total da participação do Crédit Agricole (de 500 milhões de euros) no BES e a sua "quota parte nos prejuízos de 3,5 mil milhões de euros da instituição portuguesa" no período.

 

O plano de resgate da responsabilidade do Banco de Portugal determina que os accionistas do BES, tal como era conhecido na última sessão em que negociou, na sexta-feira passada, passam a ser accionistas do BES SA, entidade que ficará com os activos tóxicos da instituição. Terá Luís Máximo dos Santos, actual presidente da comissão liquidatária do BPP, como líder de gestão.  

 

Destacado daquele, o Novo Banco, "livre" de activos tóxicos, terá o Fundo de Resolução como accionista e mantém Vitor Bento como presidente. Será recapitalizado em 4,9 mil milhões de euros.

 

O analista da Oddo Securities, escreve o Fígaro, avança que a perda de 500 milhões a sofrer pelo Crédit Agricole no trimestre – e que a concretizar-se as previsões da casa de "research representa metade das perdas registada pelo banco francês até Junho – é equivalente a "cerca de 4% da capitalização" da instituição cotada na praça de Paris.

 

Ainda assim, contextualiza, tal valor revela-se "sensivelmente inferior à menos-valia acumulada pelo título" desde que foram conhecidos os resultados do BES, na passada semana. E conclui que "os investidores querem acreditar que o plano de recapitalização será suficiente a apaziguar a situação".

 

Um dia depois do Banco de Portugal apresentar o plano de reestruturação do BES, e um dia antes de apresentar os resultados relativos aos primeiros seis meses do ano, o Crédit Agrícole seguia esta segunda-feira a valorizar 1,99%, para 84,14 euros.

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