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Costa: Se auditoria concluir má gestão no Novo Banco, Fundo de Resolução pode pedir reembolso

Se a auditoria ao Novo Banco concluir que houve má gestão, o Fundo de Resolução "tem toda a legitimidade" para pedir um reembolso, defendeu o primeiro-ministro. Empréstimos do Estado já renderam 500 milhões de euros em juros.

António Cotrim
20 de Maio de 2020 às 16:35
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O primeiro-ministro defendeu nesta quarta-feira que se a auditoria ao Novo Banco concluir que houve má gestão, o Fundo de Resolução "tem toda a legitimidade" para pedir a devolução do dinheiro. 

"Se a auditoria concluir que houve má gestão, o Fundo tem toda a legitimidade para agir no sentido da recuperação do dinheiro que desembolsou e que não tinha de desembolsar", afirmou António Costa, nesta quarta-feira, 20 de maio.

O primeiro-ministro respondia à coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, que criticou o Governo por injetar dinheiro antes de ter a auditoria. "Como é que uma auditoria que era indispensável é agora dispensável? E os resultados da auditoria terão consequências?", questionou.

"Se o Novo Banco tiver sido mal gerido, vamos lá buscar o dinheiro?", interrogou a deputada bloquista.

Na resposta, o primeiro-ministro disse ainda que "sendo o fundo financiado pelos outros bancos, acredito que esses não estejam propriamente disponíveis para financiar a má gestão do Novo Banco".

No que diz respeito ao Governo, o papel que tem aqui não é injetar dinheiro no Novo Banco, mas emprestar dinheiro ao Fundo de Resolução. "Se e esse dinheiro injetado no Novo Banco foi mal injetado, com certeza que o Fundo terá de retirar daí as necessárias ilações", afirmou António Costa.

Segundo o chefe de Governo, das injeções feitas no Novo Banco 32% foram feitas através do empréstimo do Estado, 13% das contribuições do banco e 55% de investimentos privados. 

Além disso, disse Costa, o Estado já recebeu do Fundo de Resolução cerca de 500 milhões de euros em pagamento de juros, pelos montantes emprestado.

O primeiro-ministro respondia ao líder do PSD, Rui Rio, que afirmou que a "fatura em impostos com o Novo Banco são 7 mil milhões de euros" e criticou que a justiça não tenha conseguido julgar ou punir os responsáveis "pelo maior crime de colarinho branco em Portugal".

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