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CMVM faz "acompanhamento atento e cuidadoso" à auditoria da CGD

A presidente da CMVM revelou que o regulador não teve acesso à auditoria da EY à Caixa Geral de Depósitos (CGD) e ainda não decidiu se o vai pedir.

Miguel Baltazar/Negócios
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A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) está a fazer um "acompanhamento atento e cuidadoso" à auditoria da CGD efetuada pela EY, revelou a presidente Gabriela Figueiredo Dias, num encontro com jornalistas. O regulador não teve acesso ao relatório e ainda não decidiu se o vai solocitar.

A CMVM "acompanha o tema como acompanhará todos os temas que, de alguma forma, se possam ligar com a nossa responsabilidade", disse Gabriela Figueiredo Dias. O regulador "não teve acesso ao relatório, não pediu para ter e não tinha que pedir" mas isso "não significa que não possamos vir a fazê-lo".

Trata-se de "um auditor que está sob a nossa supervisão e, portanto, está sob o nosso radar". Daí que o regulador do mercado de capitais está a fazer um "acompanhamento atento e cuidadoso e, se e quando houver o momento em que virmos que há necessidade de intervir, fa-lo-emos. Neste momento, não somos uma parte na questão", sublinhou a presidente da CMVM.

A supervisão dos auditores passou a ser uma competência da CMVM no início de 2016, pelo que a presidente do regulador não descarta que esta entidade possa apurar responsabilidades no período entre 2008 e 2015. No entanto, no período entre 2000 e 2008, não haverá nenhuma entidade que o possa fazer.


De acordo com a auditoria da EY aos 15 anos de gestão da Caixa, divulgado por Joana Amaral Dias na CMTV, e a que o Negócios teve acesso, a CGD cedeu créditos de montantes elevados sem respeitar as regras. Emprestou dinheiro perante pareceres desfavoráveis da Direção de Risco do banco e sem justificar a decisão. E isto aconteceu essencialmente nos anos que tiveram Carlos Santos Ferreira e Fernando Faria de Oliveira à frente da Caixa.

Segundo as conclusões preliminares, durante "os primeiros anos do período em análise, a CGD procurou desenvolver estruturas de gestão de risco em linha com as recomendações". Um processo que acabou por evoluir "pouco" nos anos seguintes. "As decisões estratégicas do órgão executivo eram pouco baseadas em elementos de risco", salienta a EY.


(Notícia atualizada às 12:43 com mais declarações)
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