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CGD: Dividendos de 200 milhões? “Esse valor é plausível”

O Governo colocou em cima da mesa a possibilidade de a CGD vir a entregar 200 milhões de euros em dividendos no próximo ano. Um valor que o presidente do banco estatal, Paulo Macedo, considera ser "plausível" e baseado em estimativas "credíveis".

Duarte Roriz/Correio da Manhã
30 de Outubro de 2018 às 18:18
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O presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, admite vir a entregar 200 milhões de euros em dividendos no próximo ano, um valor que foi avançado pelo Governo dias depois de ter revelado a proposta de Orçamento. Isto depois de, salienta o gestor, estarem garantidas as condições para que tal aconteça e de se obterem todas as autorizações necessárias.

 

"A opinião da gestão é de que este montante é plausível", afirmou Paulo Macedo durante a apresentação dos resultados da CGD para os primeiros nove meses do ano, quando a CGD registou lucros de 369 milhões de euros.

 

No relatório que acompanha a proposta de Orçamento, o Governo refere que o banco estatal deve voltar a entregar dividendos em 2019. Alguns dias depois de este documento ter sido apresentado, o secretário de Estado das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, afirmou, numa entrevista ao Jornal Económico, que "é expectável que no próximo ano possa haver um dividendo da CGD, que poderá andar por volta dos 200 milhões de euros".

 

"O Orçamento é feito de estimativas que são credíveis", disse o presidente da CGD, notando que as previsões se baseiam em "bons indicadores e boas expectativas" do banco estatal.

 

"A CGD quer claramente devolver dinheiro aos contribuintes. É a sua obrigação", nota Macedo, salientando que só há duas formas de o fazer: através de redução de capital ou distribuição de resultados. "Uma vez que que a redução não se equaciona, o que está em cima da mesa é perceber como é que esses resultados podem ser distribuídos", diz o gestor.

 

Além disso, relembra o presidente da CGD, é ainda preciso obter a autorização de várias entidades. "É preciso que o BCE, que a Direcção-Geral da Concorrência e que o conselho de administração concordem e que a assembleia-geral vote", rematou.

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