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Antigo CFO da PT SGPS: "Há uma coisa que tenho: boa memória"

O ex-administrador da PT SGPS, Pacheco de Melo, reitera as declarações dadas à PwC relativas às reuniões entre a PT e o BES para renovar as aplicações no GES, sublinhado que "tem boa memória". A renúncia ao cargo na PT Portugal é justificada por conflitos de interesse.

Miguel Baltazar/Negócios
05 de Março de 2015 às 18:13
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Luís Pacheco de Melo, ex-CFO da PT SGPS e da PT Portugal, reiterou que a 3 de Fevereiro houve uma reunião para combinar o negócio das aplicações no GES com quatro responsáveis da PT e do BES, entre os quais Henrique Granadeiro. Uma informação que contradiz as declarações de quarta-feira de Henrique Granadeiro, também ouvido no Parlamento no âmbito da comissão de inquérito à gestão do GES.

 

"Há uma coisa que tenho: é boa memória. E mesmo que não tivesse, tinha uma pessoa que tratava da minha agenda", comentou o ex-CFO da PT SGPS, que detém a participação na Oi e a dívida de 897 milhões de euros na Rioforte.

 

"Não me recordo o que foi o prato, mas recordo-me que houve um almoço. O Dr. Henrique Granadeiro  foi fazer o ponto de situação da negociação", explicou Pacheco de Melo.

 

Na audição de quarta-feira, Henrique Granadeiro começou por dizer que não tinha ido a nenhuma reunião. Mas no meio do inquérito admitiu que talvez tenha reunido mas só com Ricardo Salgado.

 

Questionado sobre os motivos da renúncia ao cargo de CFO da PT Portugal (dona do Meo), que acumulava com o cargo de CFO na PT SGPS, Pacheco de Melo alegou incompatibilidades com as funções.

 

No âmbito do aumento de capital da Oi, para avançar com o processo de fusão com a PT, os activos operacionais em território nacional (como o Meo, Sapo e todas as infra-estruturas) foram passadas para um outro veículo: a PT Portugal,  depois transferida para a Oi.  

 

Depois da polémica do incumprimento de 897 milhões de euros, os termos da combinação foram alterados, passando esta dívida para a PT SGPS que também viu a sua participação na fusão ser diminuída para 25,6%.

 

"Achei que com o espoletar desta situação [Rioforte]não podia estar nos dois  lados, numa empresa que já pertencia à Oi [PT Portugal] e na PT SGPS", respondeu.

 

Nessa data, em Julho de 2014,  "telefonei ao engenheiro Zeinal Bava e tomei uma decisão que achei que era mais correcta. Achei q não podia estar nos dois lados", argumentou.

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