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Certificação de contas aumenta 30 milhões aos prejuízos do Novo Banco

O prejuízo líquido do Novo Banco no ano passado foi de 497,6 milhões de euros, mais 30 milhões do que divulgados em Março. A diferença resulta da auditoria às contas, que aplica decisões entretanto tomadas pelo Banco de Portugal.

Bruno Simão/Negócios
17 de Junho de 2015 às 23:31
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O Novo Banco já tem contas auditadas. A auditoria esteve a cargo da PwC que, a 17 de Junho, terminou o trabalho. Agravou ligeiramente os prejuízos reportados em Março e, daí, deteriorou-se, também ligeiramente, o capital próprio registado.

 

Inicialmente, os prejuízos reportados em Março deste ano pelo Novo Banco situavam-se em 467,9 milhões de euros, registados entre 4 de Agosto e 31 de Dezembro do ano passado e o capital próprio (de uma forma simples, o indicador que resulta quando se abatem as responsabilidades do banco – passivo – de todo o seu património – activo) estava em 5,48 mil milhões de euros.

 

A certificação de contas fez alterações a estes números, agravando o prejuízo para 497,7 milhões de euros – mais 30 milhões de resultado negativo.

 

O capital próprio do Novo Banco no final do ano passado também sofreu com isso e ficou ligeiramente abaixo do que o inicialmente avançado: passou para 5,41 mil milhões de euros.

 

A justificar estas modificações estiveram "prestações acessórias ao ES Bank", unidade do BES nos EUA que já foi, entretanto, vendida; uma deliberação do Banco de Portugal relativa a fundos de pensões de antigos administradores do BES - que não foi transferida para o Novo Banco mas que obriga ao cumprimento de contrato de trabalho; e outros ajustamentos na sequência da auditoria. O principal responsável pelo aumento do prejuízo do banco liderado por Eduardo Stock da Cunha foi, contudo, a "anulação dos prejuízos fiscais reportáveis de 2011", segundo o relatório e contas.


A certificação de contas está assinada a 17 de Junho de 2015. A data prevista para a entrega do relatório com contas auditadas era o final do mês de Abril mas, na altura, a instituição financeira herdeira do BES revelou que a "especial complexidade de que se reveste o processo de encerramento de contas e respectiva auditoria" ainda não tinha permitido a certificação.

 

O Novo Banco, que foi alvo de uma capitalização de 4,9 mil milhões de euros após a resolução do BES, encontra-se em processo de alienação. O processo de venda tem uma nova fase no final do mês de Junho, data em que devem ser entregues as propostas vinculativas ao Novo Banco. Há cinco concorrentes: Santander, Apollo, Fosun, Anbang e Cerberus.  

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