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Centeno sobre o NB: "Preferia estar a vender outro objecto"
"A primeira proposta da Lone Star era inaceitável", considerou Mário Centeno. O ministro disse que Governo negociou alterações que "reduziram enormemente o risco para o Fundo de Resolução". Mas admite que "preferia estar a vender outro objecto".
"Preferia estar a vender outro objecto", afirmou o ministro das Finanças, para mostrar que não era possível fazer um melhor acordo de venda do Novo Banco do que aquele que foi acordado com a Lone Star a 31 de Março último.
Mário Centeno defendeu mesmo que o contrato assinado corresponde a uma melhoria face à primeira oferta apresentada pelo investidor norte-americano. "A primeira proposta era inaceitável", sublinhou.
Foi por esta razão que, desde Dezembro, "o que o Governo fez, em colaboração com o Fundo de Resolução, foi negociar um conjunto de alterações" com a Lone Star, o que "reduziu enormemente o risco [da venda] para o Fundo de Resolução", sublinhou o ministro.
Para refutar as alegações dos deputados da direita à esquerda, segundo as quais o acordo de venda inclui uma garantia do Estado à Lone Star, Centeno garantiu que "as autoridades europeias avaliaram este mecanismo [de partilha de riscos dos activos problemáticos do Novo Banco] como não sendo uma garantia".
"Este é um negócio equilibrado. Até porque há o mecanismo de troca de dívida. As primeiras perdas são da Lone Star e da almofada permitida pela troca de dívida", frisou.
Segundo o ministro, com o aumento de capital assegurado pela Lone Star e o reforço de solidez assegurado pelos obrigacionistas, os rácios de capital do Novo Banco ficam em "15,5% a 16%, no momento da venda". "Com esta venda o banco está estabilizado e está capitalizado. Nada disto existia em Agosto de 2015 e estava programado em Dezembro de 2015, quando nem sequer o processo de venda tinha sido relançado", afirmou numa crítica ao anterior Governo.
(Notícia actualizada às 14:04)