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Mortágua insiste na nacionalização do NB, Centeno diz que venda é mais adequada
O Bloco de Esquerda continua a defender que a nacionalização do Novo Banco é a melhor opção. Mariana Mortágua quis saber se esta hipótese foi considerada. Mário Centeno diz que a venda é a solução "mais adequada" e que nacionalização "nunca deixou de ser considerada".
O Bloco de Esquerda continua a defender que a nacionalização do Novo Banco é a melhor opção. Mariana Mortágua quis saber se esta hipótese foi considerada. Mário Centeno diz que a venda é a solução "mais adequada" e que a nacionalização "nunca deixou de ser considerada".
"A solução de manutenção do banco na esfera pública nunca deixou de ser equacionada. Nunca foi eliminada nenhuma solução que garantisse a estabilidade da instituição e do sector financeiro", sublinhou o ministro das Finanças, em resposta às questões do Bloco de Esquerda sobre as diligências feitas pelo Governo para avançar com esta opção.
A posição de Mário Centeno surgiu depois de Mariana Mortágua ter defendido que a "hipótese de nacionalização tem de ser considerada", questionando o ministro sobre "o que foi feito para tentar esta possibilidade e que contactos houve [nesse sentido] com a Comissão Europeia".
O governante respondeu que "a avaliação que fazemos das contingências financeiras e para as contas públicas leva a concluir que o desenho desta transacção [de venda] era a mais adequada" para o Novo Banco.
Esta semana, num artigo de opinião publicado no Público, a comissária europeia da Concorrência revelou que a proposta de nacionalização do Novo Banco – defendida por Bloco de Esquerda e PCP, e admitida pelo PS – nunca lhe chegou à mesa, e que as hipóteses de sucesso seriam reduzidas, visto contrariarem "directamente" o acordo inicial assumido no momento da resolução do BES em 2014.
"Portugal nunca apresentou planos para nacionalizar a título permanente o Novo Banco — tal seria directamente contrário aos compromissos iniciais ligados à resolução do BES com o fim de garantir uma concorrência leal e o regresso à viabilidade do banco em mãos privadas", escreve Margrethe Vestager no texto, no qual recusa que Portugal tenha sido uma cobaia das regras europeias de auxlílios de Estado. "É absolutamente falso".