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Banca portuguesa "parece mais promissora" a Bruxelas

A comissária Europeia da Concorrência confia que o sector bancário está "numa nova fase" depois da venda do Novo Banco e da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos.

11 de Maio de 2017 às 13:08
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A comissária europeia responsável pela Concorrência, Margrethe Vestager, disse esta quinta-feira, 11 de Maio, que o processo de venda do Novo Banco à Lone Star "deve agora continuar como planeado" e que "as coisas estão estáveis" tanto no que toca ao antigo Banco Espírito Santo, como ao conjunto do sector financeiro português.

 

"Com as decisões recentes, como a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos e a venda do Novo Banco, as coisas estão a caminhar para uma nova fase, em que há uma maior estabilidade no sector bancário. Isso é muito, muito positivo", resumiu Margrethe Vestager em declarações aos jornalistas, na Alfândega do Porto.

 

No final de um participado debate sobre o futuro da Europa, designado "Diálogo com os Cidadãos", a dinamarquesa que integra o executivo de Jean-Claude Juncker frisou que "obviamente" não pode garantir que não surgirão novos problemas no sector bancário nacional. Porém, sublinhou que "com o trabalho que está a ser feito parece mais promissor para o futuro".

 

Questionada sobre se os portugueses podem ficar mais descansados depois da operação do Novo Banco, anunciada a 31 de Março, Margrethe Vestager respondeu que "uma das razões pelas quais [o processo] foi tão controverso e envolveu tantos esforços é porque isto foi muito caro para os contribuintes portugueses", tendo também mostrado " como a economia portuguesa foi afectada profundamente por esta crise financeira e pela crise das dívidas soberanas"

 

"Mas se sai daqui alguma coisa positiva é que, trabalhando de forma conjunta - as autoridades portuguesas, a gestão dos bancos e nós com o nosso papel na ajudas de Estado -, as coisas podem seguir em frente", acrescentou a comissária europeia que tem a pasta da Concorrência, para quem o sistema bancário português está "numa nova fase" em que vai "poder desempenhar um papel diferente" e "servir a economia de uma forma mais forte".

 

Durante o mesmo debate em que Augusto Santos Silva criticou os países que "sugam" a riqueza com "sistemas fiscais no limite da evasão", o ministro dos Negócios Estrangeiros, Margrethe Vestager tinha sublinhado que o papel da Comissão Europeia é "garantir que, quando o dinheiro dos contribuintes é usado, haja um resultado viável". É que, reforçou, "o dinheiro dos contribuintes não pode ser esbanjado", mas também é preciso garantir "condições justas de concorrência" para os operadores que não tiveram essas ajudas públicas.

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