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Mário Centeno: “Os funcionários públicos não são um peso para o Estado”

No dia em que Bruxelas elogiou o Governo e validou as previsões para a economia portuguesa em 2017, o Ministro das Finanças aproveitou para fazer o elogio da Administração Pública e para devolver aos funcionários do Fisco parte dos bons resultados.

Mário Centeno apresentou-se no Salão Nobre do Ministério das Finanças para explicar o Orçamento do Estado para 2016, assumindo-se assim como a face política das decisões económicas do novo Governo, plasmadas no documento-guia das contas nacionais. 'É um orçamento que (...) respeita os compromissos com o Bloco de Esquerda, o Partido Comunista e Os Verdes e respeita os compromissos internacionais', resumiu o ministro das Finanças, sublinhando a originalidade do novo panorama político português, ao mesmo tempo que voltou a criticar a herança do Executivo anterior.
Bruno Simão
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Esta quinta-feira, o Governo ouviu a Comissão Europeia credibilizar as suas previsões de crescimento para este ano e a abrir a porta à saída do País do procedimento por défices excessivos e Mario Centeno, que ao final da tarde se deslocou à Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, para encerrar a conferência que assinala os 40 anos do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, não deixou passar as boas notícias em claro. No seu discurso, recolheu os louros e partilhou parte do sucesso com os funcionários do Fisco.

 

Segundo o ministro das Finanças, a mensagem de Bruxelas vem " reforçar a mensagem que temos [o Governo] transmitido de que felizmente as contas públicas portuguesas estão numa trajectória de consolidação duradoura".

 

Esta trajectória, que "permitirá ao país enfrentar nos próximos tempos em condições bastante distintas que enfrentávamos há alguns anos", é resultado  "do esforço de muitos portugueses e também dos trabalhadores dos impostos", que têm assegurado os níveis de cobrança da receita fiscal dentro das estimativas.

 

Numa sala repleta de funcionários do Fisco, os trabalhadores foram louvados "pelo seu contributo para o menor défice da história democrática", uma menção que fez romper aplausos.

 

Em jeito de elogio e auto-elogio, Mario Centeno prosseguiu que são "estes factores que fazem recuperar a confiança, que fazem com que o investimento estejam a crescer 10% este ano, que tenhamos o maior crescimento do emprego desde os anos 1990, e a maior redução de desemprego desde que existe informação estatística disponível".

 

No seu discurso o ministro aproveitou ainda para sublinhar que "os funcionários públicos não são um peso para o Estado, não são uma despesa, são um investimento em capital humano". E que "é com eles que o Estado cumpre a sua missão".

 

E será por valorizar a Função Pública e trabalhadores em geral que o Governo está empenhado em resolver os problemas de precariedade no seu seio, em garantir a revalorização dos salários e em dinamizar a contratação colectiva, garantiu. 

As previsões da Comissão Europeia para Portugal em cinco gráficos:

Economia cresce 1,8% este ano

Economia cresce 1,8% este ano
As previsões de Bruxelas coincidem com as do Governo, que apontam para um crescimento do PIB de 1,8% este ano. Contudo, para o próximo ano a Comissão Europeia está mais pessimista, antevendo um abrandamento da economia.

Taxa de desemprego em queda

Taxa de desemprego em queda
A Comissão Europeia antevê uma descida continuada da taxa de desemprego em Portugal, que deverá ficar abaixo dos 10% este ano e ficar próxima de quebrar em baixa a barreira dos 9% em 2018.

Défice estabiliza

Défice estabiliza
A Comissão Europeia confirmou o défice orçamental de 2% do PIB em 2016 já avançado pelo Eurostat, e espera que o défice público se mantenha inferior a 2% até 2018.

Dívida pública volta a cair

Dívida pública volta a cair
Depois de ter superado pela primeira vez a barreira dos 130% do PIB em 2016, o endividamento da economia portuguesa deverá recuar este ano e em 2018, de acordo com as previsões da Comissão Europeia.

Excedente externo nos 0,5% do PIB

Excedente externo nos 0,5% do PIB
A economia portuguesa vai gerar um excedente externo durante três anos seguidos, estabilizando em 0,5% do PIB, segundo as estimativas da Comissão Europeia.
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