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Mário Centeno: “Os funcionários públicos não são um peso para o Estado”
No dia em que Bruxelas elogiou o Governo e validou as previsões para a economia portuguesa em 2017, o Ministro das Finanças aproveitou para fazer o elogio da Administração Pública e para devolver aos funcionários do Fisco parte dos bons resultados.
Esta quinta-feira, o Governo ouviu a Comissão Europeia credibilizar as suas previsões de crescimento para este ano e a abrir a porta à saída do País do procedimento por défices excessivos e Mario Centeno, que ao final da tarde se deslocou à Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, para encerrar a conferência que assinala os 40 anos do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, não deixou passar as boas notícias em claro. No seu discurso, recolheu os louros e partilhou parte do sucesso com os funcionários do Fisco.
Segundo o ministro das Finanças, a mensagem de Bruxelas vem " reforçar a mensagem que temos [o Governo] transmitido de que felizmente as contas públicas portuguesas estão numa trajectória de consolidação duradoura".
Esta trajectória, que "permitirá ao país enfrentar nos próximos tempos em condições bastante distintas que enfrentávamos há alguns anos", é resultado "do esforço de muitos portugueses e também dos trabalhadores dos impostos", que têm assegurado os níveis de cobrança da receita fiscal dentro das estimativas.
Numa sala repleta de funcionários do Fisco, os trabalhadores foram louvados "pelo seu contributo para o menor défice da história democrática", uma menção que fez romper aplausos.
Em jeito de elogio e auto-elogio, Mario Centeno prosseguiu que são "estes factores que fazem recuperar a confiança, que fazem com que o investimento estejam a crescer 10% este ano, que tenhamos o maior crescimento do emprego desde os anos 1990, e a maior redução de desemprego desde que existe informação estatística disponível".
No seu discurso o ministro aproveitou ainda para sublinhar que "os funcionários públicos não são um peso para o Estado, não são uma despesa, são um investimento em capital humano". E que "é com eles que o Estado cumpre a sua missão".
E será por valorizar a Função Pública e trabalhadores em geral que o Governo está empenhado em resolver os problemas de precariedade no seu seio, em garantir a revalorização dos salários e em dinamizar a contratação colectiva, garantiu.
As previsões da Comissão Europeia para Portugal em cinco gráficos: