Notícia
Máximo dos Santos: "Seguramente, vamos conseguir vender o Novo Banco"
"Chegados aqui, diria que seguramente vamos conseguir vender o Novo Banco". A garantia foi dada pelo presidente do Fundo de Resolução no Parlamento. Máximo dos Santos acredita que as condições indispensáveis ao negócio se vão concretizar.
"Chegados aqui, diria que, seguramente, vamos conseguir vender o Novo Banco. Essa convicção não é uma manifestação de fé. É produto de conhecer o processo por dentro e saber que há, tanto do vendedor como da parte do comprador, uma grande vontade de que isso aconteça".
A mensagem de tranquilidade foi deixada por Luís Máximo dos Santos, presidente do Fundo de Resolução, na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, em resposta às questões da deputada Cecília Meireles, do CDS.
"Mal seria se não acreditássemos que vai haver venda do Novo Banco. O contrato de venda ficou dependente de duas condições que não são anómalas", sublinhou, sugerindo que não será difícil obter a autorização dos reguladores e concretizar a oferta de troca de dívida sénior indispensável à conclusão do negócio.
Máximo dos Santos confirmou que ainda não foram feitos contactos com os investidores que detêm as obrigações que vão ser alvo da oferta de troca. "É verdade. Estamos numa fase de estruturação da operação. Só depois, haverá contactos" com os detentores dos títulos, justificou Máximo dos Santos.
Este ponto de situação não põe em causa a confiança do administrador do Banco de Portugal na concretização da oferta de troca. "Estamos a trabalhar para que as condições [da operação] sejam desenhadas de modo a que os investidores lhe dêem todo o seu apoio", sublinhou o líder do Fundo de Resolução.
"Estamos a fazer tudo para que as coisas [a venda do Novo Banco] avancem nos prazos previstos", garantiu Máximo dos Santos sem adiantar o prazo limite para a conclusão do negócio.
Questionado sobre a possibilidade de o Novo Banco vir a ser obrigado a encerrar 55 balcões e a cortar 400 trabalhadores, o presidente do Fundo de Resolução reconheceu que "alguma reestruturação vai existir". No entanto, recusou adiantar quaisquer números.
"Esse valor não está fixado. Há planos de negócio que ainda não são definitivos, nem estão fixados. As autoridades europeias ainda irão pronunciar-se", alertou.
(Notícia actualizada pela segunda vez às 21:05)