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Fundo de Resolução quer bancos com palavra nos activos do NB
O Fundo de Resolução pretende que a banca tenha “uma palavra” a dizer no mecanismo de controlo da gestão dos activos problemáticos do Novo Banco. Máximo dos Santos diz que estão previstos “instrumentos que vão permitir lidar com a situação”, mesmo sem representantes na administração do banco.
A banca deverá ter "uma palavra" a dizer no mecanismo de controlo da gestão dos activos problemáticos do Novo Banco. É essa a vontade do Fundo de Resolução, como revelou Luís Máximo dos Santos, líder desta entidade, na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa.
"O Fundo de Resolução quer que o próprio sector, no âmbito do conselho consultivo previsto na lei, tenha uma palavra nesta matéria", adiantou o também administrador do Banco de Portugal.
Relativamente às dúvidas levantadas pelo PSD e pelo CDS sobre a capacidade do Fundo de Resolução controlar a gestão dos activos problemáticos do Novo Banco, cujas perdas podem obrigar a entidade pública a fazer injecções de capital de até 3.890 milhões caso seja posto em causa um determinado nível de solidez, Máximo dos Santos garantiu que "há um conjunto de instrumentos que nos vão permitir lidar com esta situação". Isto apesar de, por imposição das autoridades europeias, o Fundo ter ficado impedido de ter representantes na administração do banco.
"Vai ser assinado um acordo entre o Fundo de Resolução e o Novo Banco, a partir do momento em que a operação de venda se concretize, que vai definir todos os procedimentos que vão assegurar esse controlo relativo à gestão dos activos", sublinhou, dando exemplos: "Há a comissão de monitorização, restrições aos negócios com partes relacionadas [entidades do universo Lone Star], garantias de acesso à informação e haverá uma palavra a dizer sobre a gestão de crédito e políticas contabilísticas".