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Novo Banco: Centeno não espera "nos primeiros tempos" impacto no défice e na dívida
O ministro das Finanças acredita que "nos primeiros tempos" não haja impacto no défice e na dívida por causa do mecanismo de partilha de riscos do Novo Banco. Mas admite que há "essa contingência", que será avaliada anualmente na elaboração do Orçamento.
O ministro das Finanças acredita que "nos primeiros tempos" não haja impacto no défice e na dívida por causa do mecanismo de partilha de riscos do Novo Banco. Mas admite que há "essa contingência", que será avaliada anualmente na elaboração do Orçamento.
Mário Centeno admitiu esta quarta-feira no Parlamento que o mecanismo de partilha de riscos dos activos problemáticos do Novo Banco com a Lone Star pode ter impacto no défice e na dívida públicos. Isto porque o Estado, através do Fundo de Resolução, pode vir a injectar 3.890 milhões de euros para compensar prejuízos naquela carteira.
"O impacto futuro no défice e dívida será o que resultar da aplicação do mecanismo [de partilha de riscos]. Como existe uma almofada de capital [no Novo Banco] não se espera que nos primeiros tempos, nos primeiros meses e trimestres, exista essa contingência", afirmou o Ministro.
Centeno revelou que está previsto que a possibilidade de o Fundo de Resolução ter de injectar dinheiro no Novo Banco "seja revista anualmente, de forma a permitir que, na preparação do Orçamento do Estado de cada ano se consiga fazer previsão dessas necessidades. Isto dá previsibilidade e transparência a todo o processo", justificou, em resposta a Cecília Meireles, do CDS.
"As expectativas que existem face aos primeiros tempos é que não é necessário nenhuma injecção de capital [a assegurar pelo Fundo de Resolução] e que haja impacto no défice e na dívida. Temos de seguir esta questão nos próximos tempos", admitiu.
(Notícia actualizada às 12:51)