Notícia
Novo Banco fechou 2016 com 788,3 milhões de euros de prejuízos
As contas da instituição presidida por António Ramalho foram dadas a conhecer esta quarta-feira. Os resultados líquidos melhoram em 15,2% em relação aos prejuízos de 2015, que tinham sido de 929,5 milhões de euros.
O Novo Banco fechou o ano de 2016 com prejuízos de 788,3 milhões de euros, uma melhoria de 15,2% em relação aos resultados negativos de 2015, que tinham sido de 949,5 milhões de euros.
Em comunicado à CMVM, o banco liderado por António Ramalho, e que está em processo de venda ao fundo norte-americano Lone Star, explica que reforçou as provisões para imparidades, atingindo os 1.374,7 milhões de euros, mais 316 milhões que em relação a 2015. E explica que as imparidades destinam-se a cobrir eventuais perdas com créditos no valor de 672,6 milhões de euros, com títulos (315,9 milhões) e com custos de reestruturação (98,2 milhões de euros).
O banco diz ainda que o "side bank" - activos não estratégicos que estão separados - estava quantificado, no final de 2016, em 8.737 milhões de euros, isto se considerado líquido de provisões. Estes foram reduzidos face aos 10,8 mil milhões de euros contabilizados em Dezembro de 2015.
São estes activos que serão geridos pelo Fundo de Resolução, no âmbito do processo de venda do Novo Banco, e que poderão levar o Estado a fazer novos empréstimos em caso de perdas acima da almofada existente, que Mário Centeno quantificou esta quarta-feira, 12 de Abril, de 1.000 a 1.200 milhões para esses activos problemáticos.
O Novo Banco apresentou, assim, no final do ano um rácio de capital regulamentar (common equity tier 1) de 12%, abaixo dos 13,5% que tinha em Dezembro de 2015.
De acordo com o comunicado, o Novo Banco apurou, no entanto, um resultado operacional positivo de 386,6 milhões de euros, duplicando o valor de há um ano, o que o banco explica pela "melhoria do produto bancário e redução dos custos operativos". O produto bancário atingiu os 877,5 milhões de euros, mais 11% que em 2015. Já os custos operativos caíram 21,7%, ou 163,8 milhões, para 590,9 milhões de euros.
"O comportamento dos custos operativos permitiu a melhoria expressiva do rácio de eficiência, com o 'cost to income' [rácio utilizado na banca para aferir o nível de eficiência na actividade corrente, já que avalia o nível de produto com os custos] a evoluir para 60,4% que compara favoravelmente com 85,8% em Dezembro de 2015", diz o banco em comunicado.
De acordo com as contas apresentadas, o Novo Banco fechou o ano com um total de 33,75 mil milhões de créditos a clientes (bruto), menos 3,6 mil milhões que no ano anterior, com os depósitos a clientes a caírem 1,8 mil milhões face a Dezembro de 2015, para 25,6 mil milhões de euros. O banco garante que, no entanto, no quarto trimestre os depósitos já cresceram em 900 milhões.
O Novo Banco fechou o ano com um total 6.096 colaboradores, sendo 5.687 na actividade doméstica. O Novo Banco diz que cumpriu com o plano de reestruturação que estava delineado, tendo reduzido 1.312 postos de trabalho face a Novembro de 2015. Também a rede de balcões foi reduzida para 537 unidades.
(Notícia actualizada com mais informações às 17:24)
Em comunicado à CMVM, o banco liderado por António Ramalho, e que está em processo de venda ao fundo norte-americano Lone Star, explica que reforçou as provisões para imparidades, atingindo os 1.374,7 milhões de euros, mais 316 milhões que em relação a 2015. E explica que as imparidades destinam-se a cobrir eventuais perdas com créditos no valor de 672,6 milhões de euros, com títulos (315,9 milhões) e com custos de reestruturação (98,2 milhões de euros).
São estes activos que serão geridos pelo Fundo de Resolução, no âmbito do processo de venda do Novo Banco, e que poderão levar o Estado a fazer novos empréstimos em caso de perdas acima da almofada existente, que Mário Centeno quantificou esta quarta-feira, 12 de Abril, de 1.000 a 1.200 milhões para esses activos problemáticos.
O Novo Banco apresentou, assim, no final do ano um rácio de capital regulamentar (common equity tier 1) de 12%, abaixo dos 13,5% que tinha em Dezembro de 2015.
De acordo com o comunicado, o Novo Banco apurou, no entanto, um resultado operacional positivo de 386,6 milhões de euros, duplicando o valor de há um ano, o que o banco explica pela "melhoria do produto bancário e redução dos custos operativos". O produto bancário atingiu os 877,5 milhões de euros, mais 11% que em 2015. Já os custos operativos caíram 21,7%, ou 163,8 milhões, para 590,9 milhões de euros.
"O comportamento dos custos operativos permitiu a melhoria expressiva do rácio de eficiência, com o 'cost to income' [rácio utilizado na banca para aferir o nível de eficiência na actividade corrente, já que avalia o nível de produto com os custos] a evoluir para 60,4% que compara favoravelmente com 85,8% em Dezembro de 2015", diz o banco em comunicado.
De acordo com as contas apresentadas, o Novo Banco fechou o ano com um total de 33,75 mil milhões de créditos a clientes (bruto), menos 3,6 mil milhões que no ano anterior, com os depósitos a clientes a caírem 1,8 mil milhões face a Dezembro de 2015, para 25,6 mil milhões de euros. O banco garante que, no entanto, no quarto trimestre os depósitos já cresceram em 900 milhões.
O Novo Banco fechou o ano com um total 6.096 colaboradores, sendo 5.687 na actividade doméstica. O Novo Banco diz que cumpriu com o plano de reestruturação que estava delineado, tendo reduzido 1.312 postos de trabalho face a Novembro de 2015. Também a rede de balcões foi reduzida para 537 unidades.
(Notícia actualizada com mais informações às 17:24)