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CaixaBank aumenta lucros mas falha estimativas

Apesar de ter aumentado os lucros relativamente ao ano passado, os resultados divulgados esta sexta-feira pelo CaixaBank ficaram abaixo das estimativas dos analistas. O banco espanhol detém 44,1% do capital do português BPI.

Reuters
23 de Outubro de 2015 às 10:46
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O CaixaBank fechou os primeiros nove do ano com um lucro de 996 milhões de euros, mais 57,3% do que o registado no mesmo período de 2014, revelou esta sexta-feira, 23 de Outubro, a instituição em comunicado emitido para o regulador. Este valor ficou, porém, ligeiramente abaixo dos mil milhões de euros perspectivados pelos analistas consultados pela Reuters.

O produto bancário do CaixaBank aumentou 7,6% para 3,3 mil milhões de euros, nos primeiros nove meses, num período em que a margem bruta cresceu 15,1% para 6,3 mil milhões de euros. 

Já no trimestre terminado em Setembro os resultados líquidos do CaixaBank foram de 288 milhões de euros, abaixo dos 333 milhões registados no trimestre anterior. Este valor, apesar de ser superior ao registado no período homólogo de 2014, falhou as estimativas dos analistas que, segundo a Bloomberg, apontavam para receitas na ordem dos 298,4 milhões de euros.

Quanto aos rácios de solvabilidade, o CaixaBank chegou a Setembro com um Common Equity Tier 1 (CET1) de 12,8%, menos do que os 13% observados em Dezembro, mas idêntico ao reportado em Junho. 

O CaixaBank incorporou no início deste ano os resultados da unidade espanhola do Barclays, cuja compra foi acordada em 2014, recorda a Bloomberg, adiantando que a actividade do banco – o terceiro maior banco por concessão de crédito em Espanha, segundo o Cinco Días – vê a sua actividade penalizada pelas baixas taxas de juro e pela fraca procura de crédito.

Gonzalo Gortazar, CEO do CaixaBank, planeia quadruplicar o lucro até 2017, escreve a Bloomberg, através do aumento de receitas, da redução de custos e da diminuição das provisões.


Em Junho deste ano, o CaixaBank deixou cair a oferta pública de aquisição (OPA) sobre o Banco BPI, na sequência da recusa da desblindagem dos estatutos. A entidade espanhola, que tem 44,1% do capital do banco português informou então ao regulador espanhol CNMV que iria iniciar "uma fase de análise às alternativas estratégicas disponíveis em relação à sua participação no BPI, tendo em conta os objectivos do seu plano estratégico 2015-2018".

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