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BCE exige ao La Caixa que consolide como grupo financeiro

O supervisor europeu quer que a instituição catalã, que é o maior accionista do BPI, altere o método de consolidação de grupo industrial para grupo financeiro. Uma alteração que levaria a um aumento do controlo e do capital, noticia o Cinco Días.

Negócios 20 de Outubro de 2015 às 09:51
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O Banco Central Europeu (BCE) exigiu ao La Caixa que modifique a consolidação da sua holding Criteria, que detém uma parte das suas participações empresariais e o CaixaBank, para um grupo bancário, o que pressupõe um aumento do seu controle e das exigências de capital, noticia esta terça-feira, 20 de Outubro, o jornal Cinco Días. Esta alteração, acrescenta, vai significar a venda de algumas participações da Criteria e do CaixaBank.

O Cinco Días recorda que o BCE entrou em pleno nos modelos de negócio e nível de risco das 130 instituições financeiras que supervisiona directamente. Os bancos ainda não receberam o documento final da análise que o BCE está a realizar sobre os níveis de capital, negócio, risco, governance e outras exigências, mas já sabem as mudanças no negócio, assim como os níveis de capital em função do seu risco, que o supervisor europeu lhes vai exigir por escrito entre o final de Novembro e Dezembro.

A entidade liderada por Isidro Fainé deve, segundo o Cinco Días, modificar o seu modelo de consolidação durante o próximo ano, uma vez que as normas europeias penalizam aos grupos bancários com participações industriais.

O BCE exige assim ao La Caixa que a holding Criteria, que detém as participações do grupo em empresas como a Gas Natural Fenosa e a Abertis, e mais de 57% do capital de CaixaBank, consolide como um grupo financeiro, o que significa ter de aumentar consideravelmente os seus recursos próprios.

Por seu lado, o La Caixa considera que a Criteria não é um grupo financeiro, razão pela qual não entende que tenha de a consolidar como tal.

O jornal refere ainda que peritos financeiros asseguram que o BCE entende que se uma das participadas da Criteria cair em bolsa, pode arrastar o resto por contágio, incluindo o CaixaBank. E mesmo não estando cotadas, o supervisor crê que as participações industriais acarretam um risco implícito para um banco.

O Cinco Días refere ainda que fontes conhecedoras deste processo asseguram que o grupo catalão remeteu ao BCE várias alegações relativamente ao novo perímetro de consolidação. Um dos argumentos é que a Fundação Bancária La Caixa é afinal a dono de 100% da Criteria e a sua composição foi aprovada pelo Banco de Espanha, BCE e Bruxelas. No entanto, diz o jornal, o supervisor europeu tem rejeitado os argumentos.

O grupo La Caixa detém 44,1% do BPI.

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