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CaixaBank apoia BPI na separação dos activos africanos
O CaixaBank está a analisar todos os cenários possíveis para a participação no capital do BPI, afirmou esta sexta-feira o CEO do banco espanhol, que adiantou que a instituição portuguesa tem o seu apoio na separação dos activos de África.
O CaixaBank, que apresentou os resultados do terceiro trimestre esta sexta-feira, apoia o BPI na decisão de entregar aos seus accionistas as participações que tem no Banco de Fomento Angola e no moçambicano BCI, revelou o presidente executivo do banco espanhol, Gonzalo Gortazar (na foto), em conferência de imprensa, citado pela Bloomberg.
Recorde-se que o BPI anunciou a 30 de Setembro que ia transferir o BFA e o BCI para a mão dos accionistas, de forma a resolver o problema de excesso de concentração de riscos em Angola.
O presidente executivo do CaixaBank reiterou ainda que a instituição continua a avaliar todos os cenários sobre a participação detida no BPI. Esta tem sido a abordagem dos espanhóis em relação aos 44% detidos no banco português, depois de a oferta pública de aquisição (OPA) lançada sobre o BPI ter caído por terra, uma vez que a maioria dos accionistas do BPI chumbou a alteração aos estatutos do banco que permitiam que o CaixaBank votasse um peso de 44% em vez dos 20% a que está limitado.
No dia 18 de Julho, o CaixaBank anunciou que desistiu da OPA. Nessa altura já tinha revelado que estava a analisar as "alternativas estratégicas disponíveis em relação à sua participação no BPI" tendo em consideração o plano estratégico que foi apresentado em Março. Este documento foi conhecido já depois do anúncio preliminar e foi feito sem levar em consideração uma eventual compra do BPI. O documento de 120 páginas, nas poucas referências ao banco português, dizia que a aquisição era um "passo natural" dado o "conhecimento profundo do BPI e de Portugal" que o grupo catalão diz ter "desde 1995".