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Caixa não reage a "preocupação" de Passos

"José de Matos não comenta". É esta a única declaração, em on ,que a Caixa Geral de Depósitos faz ao comentário do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho sobre a preocupação em torno da não devolução da ajuda externa.

Bruno Simão
30 de Julho de 2015 às 18:39
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À preocupação de Pedro Passos Coelho sobre o facto de a Caixa Geral de Depósitos não ter ainda reembolsado nenhuma porção da ajuda estatal recebida, o banco público responde com silêncio.

 

"José de Matos não comenta". É esta a única declaração oficial feita pelo banco em reacção à notícia de que a Caixa "preocupa" o primeiro-ministro. "Era suposto que a Caixa Geral de Depósitos tivesse podido já obter resultados que permitissem fazer uma parte desse reembolso", disse Passos Coelho na iniciativa Redacção Aberta, do Negócios.

 

Nos primeiros seis meses de 2015, a Caixa Geral de Depósitos registou um resultado líquido de 47,1 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano. Um resultado que poderá ser comparado de duas formas: uma redução de 57,2% face ao período homólogo, quando o banco alcançou um lucro de 110,1 milhões de euros devido às receitas extraordinárias com a venda da Fidelidade e aos proveitos de ter 15% na seguradora; uma inversão face ao prejuízo de 169,3 milhões de euros registado no período homólogo, quando não contabilizadas essas receitas extraordinárias com a seguradora.

 

"Preocupa-me e espero que a administração da Caixa não deixe de executar as operações que forem necessárias e que permitirão fazer o reembolso desse valor que foi investido na capitalização da Caixa e que o foi apenas na circunstância de o devolver com os juros que foram estabelecidos e que foram estabelecidos para todos os bancos nos quais o Estado entrou", disse ainda o responsável pelo Executivo.

 

Tal como os restantes bancos portugueses, como o BPI ou o BCP, a Caixa Geral de Depósitos foi alvo de uma injecção de capital em 2012, tendo recebido um total de 1.650 milhões de euros: 900 milhões dos quais através de instrumentos híbridos, os chamados CoCos (que ajudam aos rácios de capital dos bancos mas que pesam nas contas dos bancos); 750 milhões através de acções.

 

Enquanto os bancos privados já começaram a devolução da injecção estatal - o BPI já reembolsou todo o auxílio -, a CGD ainda não o fez. O prazo final é Junho de 2017, segundo acordado com a Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia, embora não haja confirmação oficial sobre a data. 

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