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"Preocupação" de Passos sobre a CGD não foi "crítica", foi uma "constatação"

O primeiro-ministro, Passos Coelho, negou ter criticado a administração da Caixa Geral de Depósitos e afirmou ter-se limitado a constatar que o banco ainda não devolveu as verbas usadas para a sua recapitalização.

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04 de Agosto de 2015 às 22:34
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"Não é uma crítica, é uma constatação", declarou esta terça-feira o primeiro-ministro, no Bombarral, em resposta aos trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e aos partidos da oposição, que o acusaram de ter criticado a administração do banco com o objectivo de preparar a sua privatização.

 

Em causa estão declarações feitas na semana passada por Pedro Passos Coelho, na iniciativa Redacção Aberta do Jornal de Negócios, sobre o facto de a Caixa Geral de Depósitos ainda não ter começado a devolver o empréstimo estatal de recapitalização, de 900 milhões de euros (até 2017), ao contrário de outros bancos privados.

 

"Há uma parte do país que escreve e que opina e que resolveu fazer grandes teorias à volta da CGD, mas eu prefiro deixá-los a falar sozinhos", afirmou Pedro Passos Coelho, reafirmando ter-se limitado a expressar a sua preocupação.

 

"Como chefe do Governo, não tenho que estar a discriminar os bancos pelo facto de serem públicos ou de serem privados", sublinhou, acrescentando que as administrações "devem, nas suas contas, pensar na melhor forma de devolver ao Estado aquilo que foi a injecção de capital que em temos extraordinários aconteceu".

 

Enquanto não o fizerem, alertou, "ficarão a pagar juros muito elevados", considerando útil que a CGD reembolse o Estado, "até para estar sujeita às regulares avaliações da Direcção-Geral de Concorrência".

 

Passos Coelho falava no Bombarral, à margem do Festival Nacional do Vinho e Feira da Pera Rocha que hoje inaugurou.

Recorde-se que, nas declarações feitas na redacção do Negócios, o primeiro-ministro revelou de facto preocupação pelo facto de a CGD não ter ainda procedido a qualquer reembolso das ajudas estatais. Na Redacção Aberta, o primeiro-ministro foi confrontado: causa-lhe preocupação? "Causa, causa sim, porque era suposto que a Caixa Geral de Depósitos tivesse podido já obter resultados que permitissem fazer uma parte desse reembolso." 

E volta a referir: "Preocupa-me e espero que a administração da Caixa não deixe de executar as operações que forem necessárias e que permitirão fazer o reembolso desse valor que foi investido na capitalização da Caixa e que o foi apenas na circunstância de o devolver com os juros que foram estabelecidos e que foram estabelecidos para todos os bancos nos quais o Estado entrou."

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