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Bruxelas: Exigências ao Novo Banco resultam de “compromissos de Portugal”

As metas mais exigentes em termos de cortes de pessoal e de custos a que o Novo Banco pode vir a ser sujeito, caso a venda em curso não aconteça até ao final do ano, resultam de “compromissos submetidos pelo Governo português”, sublinha a Comissão Europeia.

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O risco de o Novo Banco ter de avançar com um esforço adicional de redução de postos de trabalho e de corte de custos, no caso de a instituição não ser vendida até ao final do ano, resulta dos "compromissos submetidos pelo Governo português. Não são imposições da Comissão Europeia", esclareceu o porta-voz do organismo europeu, Ricardo Cardoso.

 

Bruxelas garante que "cabe ao Estado-membro em causa [Portugal] assegurar que é capaz de cumprir os compromissos previstos na autorização de ajuda estatal", segundo a mesma nota enviada ao Negócios.

 

Tal como o Negócios noticia esta sexta-feira, 30 de Setembro, se não for vendido até ao final deste ano, o Novo Banco está obrigado a intensificar o seu esforço de redução de trabalhadores, de corte de custos e de encerramento de balcões acordado com a Comissão Europeia em Dezembro.

 

Se a alienação fracassar, a instituição terá de eliminar mais 500 postos de trabalho – além dos 1.000 já extintos –, aumentar o corte de custos de 150 milhões de euros para um máximo de 250 milhões e reduzir a rede de distribuição para 450 balcões, menos 100 do que está obrigado a ter no final deste ano.

 

Estes compromissos constam da decisão tomada pela comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, que autoriza a extensão, por um ano, do prazo das garantias estatais às obrigações seniores do Novo Banco e da prorrogação, até Agosto de 2017, data limite para a venda da instituição, cuja versão não confidencial foi divulgada esta quarta-feira e é citada na notícia do Negócios.

 

A nota da Comissão Europeia esclarece que "nenhuma das suas decisões relativamente ao Novo Banco aprovou um plano de reestruturação" para a instituição. No entanto, o porta-voz de Vestager sublinha que Bruxelas "terá de avaliar a viabilidade da entidade que vier a resultar da venda do banco".
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