O Banco Comercial Português vai pagar um máximo de 64,7 milhões de euros de euros em despesas relacionadas com o aumento de capital, de acordo com a informação do banco no prospecto da operação.

O BCP vai aumentar o capital numa operação que vai render um encaixe bruto de 2.250 milhões de euros. Um montante que está garantido, já que o BCP contratou com um sindicato bancário a tomada firme da operação.

Assim, o montante líquido deste aumento de capital está previsto em 2.177 milhões de euros, "depois de deduzidas todas as despesas associadas, no montante máximo estimado de 64,7 milhões de euros", refere o banco no prospecto da operação.

Para garantir à partida o sucesso da operação, o BCP assinou um contrato de "underwriting" com um conjunto de bancos, que tem um custo máximo de 61,6 milhões de euros e pressupõe o pagamento de uma comissão de 2,25% das receitas obtidas com a operação.

Os bancos garantem esta comissão mesmo que a procura de acções no aumento de capital exceda a oferta e não seja necessária a tomada firme. "Essa comissão poderá ser (por opção do banco, e por referência a um ou mais 'underwriters') majorada por uma parcela adicional de até 0,50% das receitas brutas da oferta", refere o BCP.

O Deutsche Bank, J.P. Morgan Securities são os "Joint Global Coordinators" da operação e garantem, cada um, 30% do aumento de capital. A Goldman Sachs International, a UBS Limited, o Credit Suisse, o Mediobanca, o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria, Banco Santander, Nomura International e a Société Générale são os restantes bancos que integram o sindicato bancário.