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BCP propõe pagamento extraordinário de 4,9 milhões para pensões de administradores executivos

A actual comissão executiva do BCP tem Nuno Amado como presidente e como vice-presidentes Miguel Maya, Miguel de Bragança e João Nuno Palma.

O BCP continua a ser o título preferido dos gestores de acções nacionais para investir na bolsa portuguesa. O banco português capta 19,6 milhões de euros, representativos de mais de 12% do capital aplicado em acções. A redução do crédito malparado e a recuperação da economia nacional justificam a aposta no BCP.
08 de Maio de 2018 às 16:04
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O conselho de remunerações do BCP vai levar à assembleia-geral de 30 de Maio uma proposta para o pagamento extraordinário de 4,9 milhões de euros para os fundos de pensões dos actuais administradores executivos do banco.

O BCP divulgou esta terça-feira, através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), as propostas relativas aos 10 pontos da ordem de trabalhos da assembleia-geral a realizar a 30 de Maio.

A proposta relativa ao ponto cinco refere que em 2017 foi feito um estudo, pela Mercer, sobre o regime de reforma dos administradores executivos do BCP comparando com outras empresas bancárias e empresas cotadas no índice bolsista PSI-20.

Segundo a informação, o estudo concluiu que o "regime de complemento de pensões dos membros da comissão executiva do BCP evidencia que a taxa de reposição dos administradores abrangidos é inferior à taxa de substituição média das empresas do PSI-20 com um plano de benefício definido, sendo que no caso do BCP se encontra em vigor um regime de contribuição definida e não um regime de benefício definido".

Assim, o conselho de remunerações e previdência propõe que os accionistas aprovem um aditamento ao regulamento de reforma dos administradores executivos que permita que em assembleia-geral seja decidido uma contribuição extraordinária para o complemento de reforma desses administradores. E ainda que na mesma reunião magna, "seja aprovado o pagamento de uma contribuição única e extraordinária do BCP para os fundos de pensão dos administradores executivos que desempenharam funções no mandato 2015/2017 no montante total de 4.920.236 euros (quatro milhões, novecentos e vinte mil, duzentos e trinta e seis euros) a acrescer aos montantes já entregues no decurso do exercício a título de contribuição para complemento de reforma".

Caso esta proposta seja aprovada, será o Conselho de Remunerações a decidir que parte caberá a cada administrador, consoante tempo de mandato e salário fixo.

A actual comissão executiva do BCP tem Nuno Amado como presidente e como vice-presidentes Miguel Maya, Miguel de Bragança e João Nuno Palma. Fazem ainda parte, como vogais, José Jacinto Iglésias Soares, Maria da Conceição Callé Lucas, Rui Teixeira e José Miguel Pessanha.

Hoje foi conhecida a proposta para a nova administração do BCP feita pelos accionistas Fosun (grupo chinês), Sonangol (petrolífera angolana) e Fundo de Pensões do Grupo EDP.

Assim, é proposto que Nuno Amado deixe de ser presidente executivo e passe a presidente do Conselho de Administração (chairman), ficando Miguel Maya como líder da comissão executiva.

Miguel Bragança, João Nuno Palma, José Miguel Pessanha e Rui Teixeira continuarão na comissão executiva, que passa ainda a integrar Maria José Campos (quadro do BCP, ligada ao banco Millennium na Polónia), caso a proposta seja aprovada pela maioria dos accionistas a 30 de Maio.

Quanto às pessoas que até agora fazem parte da administração executiva do BCP e que não constam desta proposta estão José Jacinto Iglésias Soares e Maria da Conceição Mota Soares de Oliveira Callé Lucas.
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